Vetos: Prefeito teve maioria derrubada. Como será com Martinelli?

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Neste ano, os vereadores de Jundiaí tentaram demonstrar independência do Poder Executivo em relação aos vetos do prefeito Luiz Fernando Machado. Os parlamentares derrubaram a maioria das rejeições feitas pelo chefe do Executivo. No ano passado a relação entre vetos rejeitados e mantidos foi mais equilibrada. O prefeito sempre contou com grande base de apoio na Câmara e mesmo assim viu os vereadores derrubarem os vetos e reclamarem das decisões dele. Já em termos de projetos aprovados, Machado navegou por águas mansas. Os projetos assinados por ele foram aprovados sem problemas. No próximo ano, dos 19 vereadores eleitos, 15 pertencerão à base de Machado e também José Antônio Parimoschi, ambos do PL. Tudo leva a crer que o prefeito eleito, Gustavo Martinelli, não terá vida fácil na Câmara. Se a base de Luiz Fernando, que deixa a prefeitura no próximo dia 1º, seguir à risca a cartilha dos políticos de oposição, Martinelli deverá ter dificuldades para aprovar projetos e manter vetos.

Neste ano, o prefeito vetou 44 projetos. Trinta e três destes vetos foram rejeitados. Quatro dos vetos foram mantidos. Sete vetos ficarão para a próxima legislatura votar. No ano passado, Luiz Fernando vetou 20 projetos. Treze vetos foram rejeitados e sete foram mantidos. Machado apresentou 55 projetos neste ano. Quarenta e oito foram aprovados. Ele retirou dois deles. Outros dois foram arquivados. O pedido de urgência para votação de outro foi rejeitado e a proposta só será votada no próximo ano. O último, um vereador pediu vista para analisar o texto melhor. Já em 2023, o prefeito protocolou 71 projetos. Um foi retirado e todos os outros foram aprovados.

Quem acompanhou as sessões ordinárias viu os vereadores reclamarem dos vetos do prefeito. Muitas vezes, os parlamentares disseram não compreender a rejeição de Machado. Em outras, afirmaram que os projetos apresentados e vetados serviam para abrir discussão sobre o tema. Alguns vereadores também argumentaram que fizeram os projetos sabendo que seriam de responsabilidade do Executivo e esta seria uma forma de pressioná-lo para tomar uma iniciativa sobre o assunto.

Martinelli já foi vereador e isto é um ponto a seu favor: ele sabe como a Câmara funciona. Porém, no decorrer do mandato certamente surgirão temas que evidenciarão as diferenças entre os três blocos de vereadores da próxima legislatura. Existirão os de esquerda, os aliados de Gustavo e, a maioria, os que apoiaram José Antônio Parimoschi, candidato derrotado na última eleição, e farão posição à administração. Caberá ao futuro prefeito negociar com os parlamentares. E, voltando a Luiz Fernando Machado e seus vetos derrubados, Martinelli terá de negociar muito.

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