Por que viajar é tão importante? O tema viagem toma comerciais, mídias no geral, as vetoriais propagandas de cinco segundos do Youtube, a linha do tempo do Facebook, e por aí vai. Viajar é um símbolo de obrigação, ou de sucesso praticamente, que nós temos definido, como sociedade contemporânea que somos. E viajar é importante mesmo?
Gosto muito quando viajo. Seja em viagens profissionais, quando me desloco em longos trajetos, para trabalhar em algo fora da rotina, como também viajar em família, amigos ou sozinho. Gosto porque, por exemplo, numa viagem até que recente profissional, viajei duas vezes: na viagem em si, no deslocamento e todo o evento, desde o pão na chapa do aeroporto. Viajei também uma segunda vez dentro da mesma viagem, com a revista da Latam Airlines. Ela estava me esperando, no encosto da poltrona do avião. Como é gostoso. Você também aprecia? Em poucas páginas resumidas, encontramos os melhores cenários do mundo, as paisagens, conforto, comidas e sorrisos. O sorriso é panfletário, mas gosto, tive a chance de viajar ao redor do mundo, dentro da revista da linha aérea.
Viajar pode ser importante, porque temos a chance de nos distanciarmos do trivial. O trivial é ótimo, ter rotina é maravilhoso, mas nos traz desafios, os problemas. No ambiente profissional, são desafios todos os dias, e não deve ser diferente com o amigo leitor, não é? Somos pagos ou temos negócio próprio para isso, para resolver problemas. E esse distanciamento, nos permite olhar à distância, observar, e comumente encontrar grandes soluções. Pessoalmente, não vejo outro jeito. Sem mágicas. Distanciar-se, quando é possível, me faz bem.
Meu querido pai, Dirceu Rizzi, referência para mim e para minha vida, fica incomodado quando viaja comigo. E dou-lhe razão. Para mim, a viagem, é o caminho em si. Para praia, outra cidade, um almoço, ou férias. Meu truque é estar no volante para dar certo. Observar, engatando a marcha naquela distância de 250 km, em uma única reta rodoviária. Sem pressa, se possível a 90, 100 km/h, no limite da pista, de preferência abaixo. Isso me preenche. Se possível, parar às vezes, nas barracas do caldo de cana, nas conveniências, ou nos Graal’s da vida. Como é gostoso. Mas, meu camarada se incomoda, porque quer chegar, quer desfrutar, quer pisar na terra que combinamos que pisaríamos. O caminho não é viagem. E ele está certo. Temos que chegar às 10 horas e 37 minutos, como acordamos, e considerar a disciplina militar, que fez parte dele e de sua linda história. Cito, porque, o interessante deste contraste, é que estamos unidos no gradiente do interesse, que é: “bora viajar um pouco, distanciar, olhar de longe?”. Deixo-o frustrado no caminho, mas, ao chegar, de fato onde combinamos, é sempre uma satisfação e prazer juntos.
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Tenho grandes amigos, líderes de negócios ou de equipes, que carregam fortíssimas responsabilidades no que fazem, com os quais aprendo muito. Alguns renunciando férias, há anos sem ter comunhão com seus dias de folga, sem se distanciarem. Tá errado? Não. Na aparência funciona também. Mas, e se não tem funcionado? Viajar seria uma solução? E para você, amigo leitor? Pode ser para outro continente ou para almoçar em Carapicuíba, me convide… Tenha um ótimo dia.(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

DIOGO GOMES RIZZI
Administrador, filósofo, especialista em negociação. Experiente em gestão de negócios no Brasil, América Latina e Central, Europa e Ásia. Estudioso e apreciador da literatura.
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