Durante a sessão da Câmara Municipal de Jundiaí, ontem(22), a vereadora Quézia de Lucca(PL) afirmou que está sofrendo violência política de gênero. Ela acusou ‘um ou dois vereadores’ durante pronunciamento de aproximadamente quatro minutos. Quézia recebeu a solidariedade de vários parlamentares. Alguns criticaram a Unidade de Gestão de Serviços Público, cujo responsável, Adilson Rosa, é presidente do PL, partido da vereadora. Também houve a sugestão de que a Comissão de Ética da casa investigue a denúncia. Ela disse que não levará a queixa à comissão. “Eu preciso ser respeitada. E brigarei por isto”, afirmou. O presidente da Câmara, Faouaz Taha, lembrou que o gestor de Governo e Finanças, José Antônio Parimoschi, “fez reunião com todos os gestores e pediu respeito com todos os vereadores. Cansamos de ver funcionários e gestores que não dão retorno para nós”.
“Venho me sentindo incomodada com alguns acontecimentos. Gostaria de esclarecer que estou passando por desgastes no meio político. Para mim, na verdade, se trata de violência política de gênero e parte de dentro desta casa. Não gostaria de chegar a este ponto. Não estou me dirigindo a todos. Mas quero que isto pare”, afirmou ela.
A partir daí, Quézia explicou detalhadamente o que é violência política de gênero. “Este tipo de violência é todo e qualquer ato que exclui a mulher do espaço político, impedindo ou restringindo o acesso dela ou induzindo-a a tomar decisões contrárias à sua vontade. As mulheres podem sofrer a violência política de gênero quando concorrem, quando são eleitas ou mesmo quando estão no mandato. Esta violência é causa da sub-representação das mulheres nos parlamentos e espaços de poder, prejudicando democracia, como é o caso de Jundiaí que só teve uma mulher eleita nas últimas eleições municipais. A violência política de gênero é caracterizada de várias formas: interrupção da fala das mulheres, não permitir que elas usem a palavra ou induzir que a mulher não tem competência para a função. ou mesmo fazer clara sinalização de descrédito quando ela fala. Mulheres políticas também são vítimas deste tipo de violência quando não são indicadas para líderes de comissões, de partidos ou relatoras ou quando há questionamentos sobre a aparência física ou a forma dela se vestir”, explicou a parlamentar.
Quézia disse que quer o fim da difamação atribuindo a ela fatos que não são verdadeiros. Na sessão da semana passada houve insinuações de que as solicitações dela feitas à Unidade de Gestão de Serviços Públicos seriam atendidas com mais rapidez. “Sugerem que tenho privilégios ou benefícios neste mandato. E não os tenho. Pelo contrário. Sou mulher. Sou a única mulher na Câmara, o que torna as coisas mais difíceis. Tenho poucos apoios. O mesmo que os senhores sofrem aguardando respostas e soluções de demandas, eu sofro também. Estou aqui atendendo a população de Jundiaí. Lugares que vou, vistorias que faço, com gestor ou não, estou atendendo a população. Este é meu papel, é meu mandato e ninguém vai impedir que eu exerça. Entrar e viver na política é difícil para todos. As dificuldades são maiores para as mulheres. Só nós sabemos como é difícil encontrar soluções para os problemas dos cidadãos. Peço que me respeitem e respeitem meu trabalho. Estou de saco cheio destes comentários. Prefiro pensar que os vereadores que pensam assim não têm o que fazer ou se preocupam mais com o meu mandato do que o deles próprios”, concluiu.
Podologia – O presidente da Câmara de Jundiaí, Faouaz Taha(foto abaixo), instituiu a Campanha de Valorização Profissional de Podologia na sessão ordinária desta terça. Além disso, o parlamentar encaminhará ao Poder Executivo indicação para a disponibilização de profissionais dessa área pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Jundiaí.

“O trabalho do podólogo envolve o conhecimento, técnica e instrumentos necessários para atender a situações mais graves, como o pé diabético, infecções, doenças de pele, rachaduras, unhas encravadas e outros tipos de problemas. Além de reconhecer a profissão, a ideia vem para amparar os munícipes com o atendimento tão importante desse profissional de forma gratuita, nas UBSs”, explicou. A indicação será encaminhada ao chefe do Executivo na próxima semana.
A Campanha de Valorização do Profissional de Podologia foi aprovada por unanimidade. A ideia é que a sociedade civil organizada distribua materiais informativos impressos e em meios eletrônicos, além da realização de palestras a respeito do tema. “Com o objetivo de reconhecer a profissão e o empenho dos profissionais no aprimoramento do trabalho, propus o projeto. É uma forma de valorizar a categoria.”
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