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O VIRA-LATA caramelo que veio para o almoço

vira-lata

Faz tanto tempo que essa amizade começou, que eu nem lembro mais do seu início. Recordo-me apenas que um dia, há mais de 10 anos com certeza, uma cadelinha vira-lata caramelo e seu filhote apareceram na nossa chácara e, claro, foram recebidos com hospitalidade. Ainda desconfiados, receberam carinho e nacos de churrasco. Depois disso, passaram a ser visitantes assíduos nos finais de semana. Como não sabíamos os nomes dos bichinhos, minhas filhas batizaram a dupla de Baunilha e Baunilho e assim ficou estabelecido. Tempos depois, apenas Baunilho continuou a frequentar a nossa chácara.

E essa presença de Baunilho se mantém até hoje. O cachorrinho é o vira-lata caramelo mais simpático que eu já conheci. Ele tem dono, mora numa chácara próxima, mas quando ouve nossa chegada (ele tem uma audição espetacular), vem correndo fazer festa para a gente. Ele gosta tanto de carinho que fica de pé nas patinhas traseiras pedindo mais e mais. O nome do Baunilho, na realidade, é Bauner. Ficamos sabendo disso pela própria dona dele, que sabe que quando ele desaparece é porque está com a gente.

Uma vez o vira-lata Baunilho não apareceu por vários finais de semana e aí foi uma tristeza. Será que o coitadinho morreu? Não tivemos dúvida, fomos até a casa dele perguntar e descobrimos que o pobre tinha se envolvido numa briga com cães maiores e levado a pior. Estava todo machucado e preso em casa, para não se meter em outra confusão. Ficamos aliviados, mas no final de semana seguinte surge Baunilho, parecendo um abajur ambulante com seu colar plástico, cheio de cicatrizes e pontos, abanando freneticamente o rabinho e franzindo os dentinhos, como se estivesse sorrindo. Com saudades da gente, ele fugiu de casa e foi nos encontrar.

Ele é um cachorro tão dócil e amável que se transformou no melhor amigo da nossa cachorrinha Dolly, que é um tanto bipolar. Um dos prazeres de Baunilho, além de receber afagos e carinhos, é ficar dormindo na nossa sala, na caminha da amiga. Ele fica horas e horas, só deixa o ninho quando sente o cheirinho de churrasco. Baunilho está velhinho e já apresenta sinais de cegueira. O tempo é implacável, inclusive para nossos amigos peludos. Creio que ele continua a nos visitar por puro instinto. E quando ele chega é sempre uma alegria.

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Quantas vezes já pensamos em levar o Baunilho para morar com a gente. Mas seria egoísmo. Ele é um cachorro que nasceu livre no campo, está acostumado a correr pelo mato, caçar, brigar com outros cães, beber água num riacho, nunca seria feliz preso num apartamento. Mas dá sempre uma pontada de tristeza quando vamos embora da chácara e o deixamos por lá. O que nos conforta é que ele é bem cuidado, tem uma família, uma vida feliz e sempre será retribuído, em igual proporção, por todo amor quenos oferece a cada visita.

VÂNIA ROSÃO

Formada em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Trabalhou em jornal diário, revista, rádio e agora aventura-se na Internet.

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