Causou susto na população a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que, o preso que estiver em superlotação e com sua dignidade comprometida, pode processar o Estado e exigir indenização. De repente, pode-se perceber que o crime compensa! Se ao invés de construir presídios, o governo tivesse construído escolas, talvez os presos estivessem em locais com mais espaço, porque o volume de crimes seria menor.

Mas a crise econômica que assola este país e que certo presidente chegou a menosprezar a chegada dela ao Brasil, afirmando que ela seria uma marolinha, o que vemos é um país afundado em crimes cometidos por grande parte dos políticos, principalmente o de “roubar” literalmente recursos, principalmente do Estado, recursos estes arrecadados com os impostos cobrados e pagos, com certeza, pela população brasileira.

Agora, a decisão mostra que se comete o crime, é condenado, vai para um presídio superlotado, sofre durante algum tempo, é libertado por cumprimento de um terço da pena e aí seu advogado entra com ação contra o Estado e requer indenização!

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Mas… e o brasileiro desempregado que sofre no dia a dia em busca de um trabalho e não consegue? Que mora num barraco, na maioria deles, de terra batida? Esqueceu o STF que a Constituição garante que o Estado deve dar vida digna ao cidadão? Quantos são os desempregados deste país? 12 milhões? Onde estão os cidadãos que moram em favelas e não conseguem uma moradia digna? O STF dá a eles a mesma garantia do preso, na hora de se pedir indenização?

Ora senhores! Há tantos problemas maiores em nosso país do que chamar presos de coitados! Há tantos problemas maiores em nosso país do que um ministro de Estado percorrer todos os gabinetes dos senadores para conseguir votos e conseguir ser aprovado para ocupar a vaga aberta no STF! Pobre Brasil! Pobres coitados dos desempregados. Viva os presos!!!(foto acima: www.onaldo.com.br)

NELSON MANZATONELSON MANZATTO 
Jornalista profissional diplomado, tendo trabalhado no Jornal da Cidade de Jundiaí, Diário do Povo de Campinas, Jornal de Domingo de Campinas, Diário Popular de São Paulo e Jornal de Jundiaí. Foi editor-chefe dos jornais Diário do Povo, Jornal de Domingo e Jornal de Jundiaí e sempre trabalhou nas editorias de Política e Economia. Também trabalhou em Assessoria de Imprensa. É membro da Academia Jundiaiense de Letras e tem quatro livros publicados: Surfistas Ferroviários ou a História de Luzinete (Vencedor de Concurso Literário), Contos e Crônicas de Natal (com cinco textos premiados), Momentos e No meu tempo de Criança. Mantém um blog literário: blogdonelsonmanzatto.blogspot.com