Por que você me PERGUNTA?

PERGUNTA

Pelo ritmo das coisas, percebemos que 2020 promete grandes emoções. Lógico que maior que o coronavírus, fica difícil. Nenhuma peripécia do governo terá impacto maior nem mais assustador: nem a posse da Regina Duarte, nem secretário exonerado porque foi à Índia com avião da FAB, volta a ser empossado e volta a ser exonerado(o famoso ‘vai e vem’). Por que você me pergunta sobre a situação atual? Em tempos bicudos como este, o melhor a se fazer é manter-se atento e cuidar de si.

Diante do fantástico, temos e exame do Enem que desmascarou um sistema que já vinha capenga, faz tempo. Um exame que organiza a vida dos jovens em busca de sua formação universitária, representando uma grande oportunidade para uma boa escolha e classificação.

Mesmo que nos digam que houve reparação, sempre sobrará a dúvida sobre a seriedade e idoneidade do mesmo. Quem garante que foram revistas todas as notas? Quem garante que todas as provas passaram pela mesma revisão, visto que não apenas os queixosos merecem esta atenção, por paridade? Então…

Daí, as reportagens alarmistas: tem um caso de coronavírus na sua esquina. Tem uma pessoa que veio da China, na rua de sua casa. Tem um primo da minha amiga que veio da Ásia, ele está com problemas de saúde. E paralelo surgem os remédios. E mais e mais notícias do mesmo nível. Passamos a dessensibilização do problema frente a uma enxurrada de informações, das quais 99% não procedem. Diante desta dessensibilização, ficamos mais frágeis e mais expostos a esta e outras doenças oportunistas, mesmo que sejamos cautelosos.

Por que você me pergunta?
Perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra
Do fogo, da água e do ar

Talvez não nos importemos com este fenômeno, o da dessensibilização: ele nos impede de avançarmos e de tomarmos novos rumos em nossa vida, justamente porque deixamos de nos preocupar com algo. De tanto lermos ou ouvirmos boatos, deixamos de nos preocupar com a questão, que pode ser séria e vital. É um estado que nos deixa alienados frente a uma demanda, justamente porque ficamos cansados de ver mais do mesmo. Seríssimo.

Mudando de assunto, mas circulando pelo mesmo espectro, volto a lembrar do BBB20: já se esperam as festas para ver quem vai cair de bêbado, quem vai “pegar” quem, como se isto fizesse parte da roda da Vida. E, daí, os moralistas de plantão caem de pau falando da falta de vergonha, do moralismo atacado, da rebeldia da juventude, da insanidade da televisão. Porém, isso é recorrente nos últimos cinco ou seis anos e a audiência continua bombando, o que leva a concluir que existe algo errado ou na avaliação ou nas observações ou nas duas propostas. Vale a pena termos atenção para não sermos mais uma vítima útil.

E, em outra direção dos olhares, damos de cara com as enchentes. Água por todos os lados, e chuvas fortes com rajadas de ventos desconhecidas, até então. No entanto, na dianteira das enxurradas, vemos uma porção debitada em nossa conta: lixos boiando, para lá e para cá. Latinhas, garrafas pet, sacos de lixo e sacolinhas, papéis, enfim, tudo o que se pode imaginar que seja lançado nas ruas e terrenos. As inundações seriam menos cruéis se fossemos mais prudentes. Enquanto dizemos: Ai meu Deus, certamente Ele está dizendo: Ai meu povo!!!! Triste isso.

Eu sou o medo do fraco
A força da imaginação
O blefe do jogador
Eu sou, eu fui, eu vou

Bem, estudos recentes apontam para suspeitas que surgiram no século passado: o cérebro pulsiona conforme as músicas ouvidas. O estado de fluxo vai sempre moldando as instabilidades e as oscilações de acordo com a sonoridade percebida. Então, fica claro que algumas músicas aceleram, outras fluem com tranquilidade, mas nenhuma passa despercebida. Cada estado de fluidez se adapta a um tipo de ação, os comportamentos de modulam conferindo certos encaixes que aproximam ações, lembranças e ritmos.

Isto tudo graças a atuação da dopamina, liberada pelo cérebro, que envolve o controle de movimentos, a cognição, o aprendizado, o sono e a memória, o humor e as emoções. Muito interessante é saber que o cérebro separa bem os dados coletados, de modo a não possibilitar confusões ou perdas de dados; as associações são apenas uma vértice de ação tão perfeita e segura; as memórias estão em constante captação e armazenamento ideal.

O avanço da Neurociência faz com que consigamos entender o fabuloso trabalho realizado pelo nosso cérebro e perceber o quão valioso é exercitar cada uma de nossas memórias, possibilitando caminhos (trilhas) de captação e armazenamentos diferenciados e ricos no momento da aplicação destes dados. A isto parece que possibilitamos uma expansão cerebral, quando, na verdade, apenas usamos os recursos de que temos conhecimento. Lembrando sempre que estamos no inicio destes estudos e que novidades estão sempre por vir.

Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o medo de amar

Um assunto que ainda iremos avaliar e discutir muito é a questão da inserção social: inserir é bem mais do que ter num grupo alguém que se difere daquele conjunto de pessoas, quer seja pela religião, pela cor de pele, pela classe social, pela orientação social ou pela nacionalidade, para citar algumas das diferenças.

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Pois bem, é preciso que a pessoa sinta-se pertencer àquele grupamento. Não basta ser recebido ali, ela tem que se sentir recebida. São ações internas e externas que se completam e se harmonizam de modo a deixar todos em situação confortável e equilibrada. Alguns casos extremados apontam que a auto-aceitação tem sido o grande problema, visto que a desconfiança e a insegurança norteiam alguns destes casos, de modo a dificultar uma perfeita inserção.

A natureza deste assunto é bem mais complexa do que possamos crer e dificulta uma plena adequação das pessoas, conforme constatamos em casos sobejamente divulgados pela mídia, o que nos leva a voltar a debater sobre este assunto, nas próximas crônicas.(Foto: www.elagoradiario.com)


Afonso Antonio Machado é docente e coordenador do LEPESPE, Laboratório de Estudos e Pesquisas em Psicologia do Esporte, da UNESP. Mestre e Doutor pela UNICAMP, livre docente em Psicologia do Esporte, pela UNESP, graduado em Psicologia, editor chefe do Brazilian Journal of Sport Psychology. Aluno da FATI.


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