Vivemos em um mundo que fala alto. São vozes externas que opinam, cobram e, muitas vezes, tentam nos dizer quem devemos ser. Entre o barulho das expectativas e a pressa da rotina, corremos o risco de esquecer a melodia mais importante: a voz da nossa essência.
Essa voz não é estrondosa, não compete com o barulho de fora. Ela se manifesta em sussurros, em intuições sutis, em sinais que a mente racional insiste em ignorar. É a voz que nos lembra daquilo que realmente somos, para além dos papéis que desempenhamos, dos títulos que carregamos e das máscaras que aprendemos a usar.
Desde cedo, aprendemos a nos moldar ao olhar do outro: buscamos aprovação, pertencimento e reconhecimento. Nesse processo, sem perceber, vamos deixando de lado nossas verdades internas. Criamos versões de nós mesmos que cabem nas expectativas sociais, mas que muitas vezes nos afastam daquilo que faz sentido de verdade. Esse distanciamento pode se manifestar em forma de cansaço, vazio, ansiedade ou até na sensação de que a vida perdeu o brilho. É como se estivéssemos sempre correndo, mas sem saber ao certo para onde.
Ouvir a voz da essência é praticar uma escuta íntima, capaz de ir além dos ruídos externos. É perceber os sinais internos que indicam quando estamos alinhados com quem somos: o entusiasmo genuíno ao falar de algo, a calma que surge quando seguimos o caminho certo, ou a leveza de simplesmente não precisar fingir. Essa voz é como uma bússola interna. Ela aponta para aquilo que nos nutre, para os espaços onde podemos florescer. É a voz que não nos engana, pois fala com a linguagem da verdade.
Reconectar-se com a essência não é um processo imediato, mas um caminho de retorno a si. Esse caminho começa quando reservamos momentos de pausa para nos desconectar do excesso de informações e apenas estar presentes. Também passa pela autenticidade nas pequenas escolhas do dia a dia: dizer não quando necessário, escolher o que realmente nos representa. Quando acolhemos nossa intuição, damos valor a essa sensação interna que aponta direções, mesmo quando a razão tenta contradizê-la. E, ao nos reconectarmos com o corpo, percebemos que ele também fala — através de sensações, tensões e expansões.
Quando aprendemos a ouvir essa voz, descobrimos que viver em essência não significa perfeição, mas inteireza. É caminhar com coragem, assumindo tanto luzes quanto sombras. É entender que nossa verdade não precisa ser aceita por todos, mas precisa ser honrada por nós.
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A vida se torna mais leve quando paramos de interpretar papéis e passamos a viver em autenticidade. A essência é raiz que sustenta, força que guia, chama que nos lembra que estamos vivos. No fundo, todos carregamos essa melodia silenciosa dentro do peito. O desafio é diminuir o volume das vozes externas para, enfim, escutá-la. E quando isso acontece, não há retorno. Porque a voz da essência não é apenas um sussurro interior: é o chamado mais verdadeiro que existe.

ROBERTA TEIXEIRA PERES
Gestora, terapeuta holística, especialista em desenvolvimento humano, Eneagrama. pós-graduada em neuromarketing e PNL Aplicada em gestão de pessoas.
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