Com a variedade de modelos e versões disponíveis hoje no nosso mercado alguns bons carros acabam passando desapercebidos. É o caso do sedã compacto Voyage, da Volkswagen. Ofuscado pelo brilho do irmão mais novo Virtus, o consumidor, que busca uma opção racional no segmento, acaba se esquecendo do Voyage, que é derivado do Gol.

Entre os pontos positivos desse pequeno sedã, dá para destacar o excelente porta-malas, com 480 litros de capacidade, a variedade de opções de acabamento, motorizações e preços, o visual jovem e atraente, além da confiabilidade dos modelos da marca.

Novidades na linha 2019 – Visualmente, tanto o Gol quanto o Voyage estreiam na linha 2019 a dianteira mais robusta que já era adotada na linha da picape Saveiro. Outra novidade é que a Volkswagen simplificou a oferta de versões e, por isso, Voyage e Gol agora passam a ser vendidos em versão única, o que muda são os pacotes de equipamentos que podem ir sendo agregados na hora da encomenda. Além disso, hatch e o sedã passam a ser vendidos também com o moderno motor 1.0, de 3 cilindros, que equipa o up! e duas versões de motor 1.6. O primeiro motor, mais antigo, é conhecido pela sigla EA111, com 104 cv, que é usado apenas na versão mecânica de 5 marchas. A mais moderna, a EA 211, com bloco e cabeçote de alumínio, produz 120 cavalos de potência e equipa exclusivamente as versões com câmbio automático de 6 velocidades.

 



AutoMotori avaliou a versão 1.6 manual – Durante uma semana, avaliamos a versão 1.6, com transmissão manual, abastecida com gasolina. De cara, o carro se mostrou um pouco lento nas retomadas, exigindo várias vezes a redução de marcha para manter a velocidade.

Em contrapartida, o carro se mostrou bastante econômico, com marcas que superaram a média de 14 km/l rodando no trânsito urbano e na estrada. Porém, quando abastecemos o Voyage com etanol, que fez a potência saltar de 101 para 104 cavalos, o comportamento mudou, e o carro passou a ter reações mais espertas, sem, contudo, alterar exageradamente as médias de consumo, que caíram para razoáveis 12 km/l, no mesmo tipo de circuito. O propulsor 1.6 de 104 cv, faz o Voyage acelerar de 0 a 100 km/h em 10,5 segundos e alcançar os 186 km/h de velocidade máxima.

Visual afasta modelos do Polo e do Virtus – Para os críticos do novo Polo que insistiam em comparar as duplas Gol/Voyage e Polo/Virtus, a Volkswagen resolveu adotar o mesmo conjunto ótico, para choques e o recorte do capô que margeia os faróis da linha de picapes Saveiro. No para choque dianteiro,a entrada de ar na parte inferior cresceu e adota linhas mais angulares, bem definidas, que dão um visual mais esportivo. Os faróis de neblina, antes redondos, passam a ter formato trapezoidal e são envolvidos por uma moldura preta. Os para-lamas dianteiros, com novo formato, completam o face-lift.

O modelo traz de série ar-condicionado, direção hidráulica, banco do motorista com ajuste de altura, suporte para celular integrado ao painel com entrada USB, travamento elétrico das portas, vidros dianteiros com acionamento elétrico, encosto do banco traseiro rebatível, desembaçador traseiro, alerta sonoro de faróis acesos, tomada 12V no console central.

A versão avaliada veio com o pacote mais completo de equipamentos, batizada pela Volks de Urban Completo, que acrescenta ao modelo rodas de liga leve 15”, volante multifuncional, central multimídia com conectividade para Android e I-Phone, alarme, chave tipo “canivete” com controle remoto, retrovisores com repetidores de seta e maçanetas na cor do veículo, grade do radiador pintada em preto brilhante, ajuste elétrico dos retrovisores, com a função tiltdown, que ajusta o espelho direito para que você possa ver a guia, sensor de estacionamento traseiro, vidros elétricos traseiros, abertura da tampa traseira pelo controle remoto, faróis com dupla parábola, farol de neblina, lanterna traseira escurecida, 2 luzes de leitura dianteiras e 2 traseiras, alças de segurança no teto e coluna de direção com ajuste de altura e distância.

O Voyage conta com garantia total de três anos e é vendido com preços que partem de R$ 52.640, na versão 1.0 e chegam até R$ 63.340, na versão mais completa que nós avaliamos. ©Joaquim Rimoli | AutoMotori 2018

FICHA TÉCNICA

MOTOR
EA 111, 1.598 cm³

Potência
101cv (G) / 104cv (E) – 5.250 rpm

Torque
15,4kgfm (G) / 15,6kgfm (E) – 2.500 rpm

Direção: Hidráulica

Transmissão: Manual de 5 velocidades

FREIOS

Dianteiro: Disco ventilado

Traseiro: Tambor

CARROCERIA

Comprimento: 4.218 mm

Distância entre eixos  2.467 mm

Largura: 1.893 mm

Altura 1.463 mm

Peso: 1.067 kg

Carga útil: 413 kg

Porta malas    480 litros

RODAS E PNEUS

Rodas: 6Jx16

Pneus: 195/50 R16

Tanque: 55 litros




Veja como foram os comerciais de lançamento do Voyage

Aproveitando o embalo, já que mostramos a avaliação da nova geração do VW Voyage na nossa reportagem principal, vamos assistir hoje dois comerciais da primeira geração do sedã, lançado em 1981.

Para quem não conhece a história do modelo, a primeira geração do VW Voyage foi lançada em 1981 e saiu de linha em 1995, já como modelo 1996. Em 1997, a VW, que precisava de um sedã compacto decidiu substituir o Voyage pela versão importada do Polo Classic.

Em setembro de 2008 a marca decidiu ressuscitar o Voyage, que voltou em sua segunda geração, e passou a produzi-lo na fábrica de Taubaté (SP), na mesma linha do Gol.

O nome Voyage, que é viagem em francês, foi escolhido para esse projeto 100% brasileiro, assim como o Gol, a Parati e a Saveiro. As linhas da primeira geração seguem a tendência dos carros vendidos na década de 70 na Europa, e, curiosamente se inspira na primeira geração do Jetta. E apesar de ser derivado do Gol, o carro usava a mecânica do Passat, com motor 1.5 refrigerado a água e câmbio de 4 marchas.

Em 1988, o Voyage brasileiro começou a ser exportado para os EUA e o Canadá, com o nome Fox e incluía mais de 2 mil modificações, incluindo injeção eletrônica, para atender ao gosto dos consumidores americanos e canadenses.

Nós separamos dois filmes comerciais, o primeiro, de 1981, marcou o lançamento do sedã, que era mostrado como um carro altamente tecnológico para a sua época, coisa de publicitário… O segundo, bem mais legal, mostra a versatilidade do carro, que é usado num rally e depois para o passeio em família. Divirta-se! ©Joaquim Rimoli | AutoMotori 2018

 

 




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