As picapes, criadas para o trabalho e o lazer, são as percursoras do sucesso dos chamados SUVs, os novos queridinhos dos consumidores brasileiros… Com jeitão mais bruto, modelos como a Chevrolet S10, Toyota Hilux e Ford Ranger, que carregam uma caçamba na traseira mantém uma tradição bem interiorana: quanto mais afastadas elas circulam das capitais, mais sucesso elas fazem… Em alguns lugares, como em Uberlândia (MG), por exemplo, as picapes são o verdadeiro símbolo de status e deixam sedãs de luxo e esportivos comendo poeira nos desejos de quem curte automóveis por aquelas bandas. Mas, que raios é a Z71?
Sucesso nos Estados Unidos, o verdadeiro reino das picapes, a Z71 nasceu como uma versão com pegada off-road, ou fora-de-estrada em bom português, dos modelos Silverado(que foi feita por aqui nos anos 90, como substituta da C10 e durou até 2001), e da Colorado, como é chamada a versão norte-americana da nossa S10. Pesquisando nas comunidades de fãs de picapes da Chevrolet nos EUA, entre as várias explicações para a origem da sigla Z71 encontramos que ela teria vindo do código de produção do produto. Aliás, o marketing da Chevrolet adora batizar modelos com pegada mais esportiva com a última letra do alfabeto… Os apaixonados por carros com certeza lembram dos Camaros Z28, a versão com visual invocado do esportivo.
Capricharam no apelo visual – A S10 Z71, apresentada no final do ano passado, é a quinta versão da picape média da Chevrolet no mercado brasileiro. Nem tão completa como a topo de linha High Country e nem tão pelada quanto a LS, a versão aposta no visual.
O modelo aventureiro carrega as evoluções mecânicas adotadas recentemente em toda linha S10, como a turbina redimensionada e a nova calibração do motor 2.8 Turbo Diesel, além da transmissão automática AT6.
Assim como todas as versões 4×4 da marca, a tração é ajustada por um seletor eletrônico no console central e dispõe do modo 4×4 com reduzida.
Ao todo, a Z71 traz mais de 20 itens de diferenciação em relação a versão LTZ.
Na dianteira, destaque para a linda grade em preto brilhante, com o nome Chevrolet em relevo, emoldura o conjunto ótico com faróis de máscara negra contornados por LED.
O modelo traz vários apliques identificando a versão. Eles aparecem nas laterais, no estribo exclusivo e na parte traseira.
O que mais chama a atenção e diferencia a Z71 do resto da linha são as molduras nos paralamas. Esse truque visual passa a sensação que deixama picape mais larga e elevada em relação ao solo. Além da questão estética, essas molduras protegem a lataria de arranhões nas trilhas de mata fechada.
O santo-Antônio tubular, é um resgate das picapes off-road raiz. Bem robusto, ele traz o nome Chevrolet cortado a laser nas chapas laterais. Se por um lado oferece mais pontos de fixação, ele dificulta um pouco na hora de enrolar a cobertura da caçamba.
No final dos paralamas traseiros está o tradicional e icônico adesivo Z71, uma espécie de assinatura que atesta a vocação fora-de-estrada.
Do lado de dentro, os apliques centrais do painel, os revestimentos das portas e do console são todos em preto para contrastar com os detalhes em cinza acetinado. A identificação da versão aparece na moldura das maçanetas.
Podia ser melhor… Se a GM caprichou no visual, deu uma leve derrapada em pequenos detalhes… Ao contrário da irmã mais chique High Country, a Z71 fica devendo o mecanismo de ajuste de altura do volante (só ajusta a profundidade), central multimídia tem tela pequena, com Apple Car Play e Android Auto, mas que ainda precisam do cabo… Isso sem contar a falta de uma chave presencial, ofertada pelos concorrentes, sistema de auxílio de frenagem automático, como na High Country e outras “cositas mas”… Sinceramente, nada que desabone, já que trata-se de uma versão, como já dito off-road, mas baseada no modelo LT.
Grande, mas confortável – Apesar dos 5,30 m de comprimento, a sensação de dirigir a picape é a de um carro de luxo. Ela roda macio, pelo menos para quem viaja nos bancos dianteiros e tem direção leve e precisa. Para os menos acostumados a esse tipo de veículo, a dica é ficar ligado na hora de estacionar no supermercado, já que ela ocupa tranquilamente uma vaga e meia no comprimento…
O motor turbo diesel, 2.8 litros, rende 200 cavalos e 51 kgf.m de toque. Traduzindo: é forte para caramba, sobe qualquer rampa, por mais inclinada que seja, como se estivesse no plano e, o melhor, arranca feito carro esportivo.
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Mesmo com os pneus que aumentam o atrito no asfalto, a Z71 acelera de 0 a 100 km/h em míseros 10,1 segundos (não se esqueça que ela pesa duas toneladas e uns quebrados. O consumo médio, segundo a GM, é de 8,3 km/l na cidade e de 10,6 km/l na estrada. Andando na maciota consegui fazer até 10 por litro de diesel na cidade.
Em resumo, uma picape raiz, bem construída, bonita para caramba.
O preço? A partir de R$ 271.910,00. Na ponta do lápis, ela custa R$ 22 mil a menos que a topo de linha High Country (R$ 294.050,00) e é R$ 40 mil mais cara que a cabine dupla de entrada, que é vendida a partir de R$ 231.340,00. ©Joaquim Rimoli | AutoMotori 2022
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