A crise de AUTORIDADE do atual governo de Jundiaí

O atual governo de Jundiaí vive a chamada crise de autoridade desde a sua posse até os dias atuais. O atual prefeito parece ter abdicado do seu papel e tem sido muito comum ver o “Chefe do Executivo” cumprir um papel coadjuvante nas decisões.

Foi assim no aumento das tarifas de ônibus na cidade quando o prefeito declarou em dezembro que as noticias que tratavam de aumento eram somente boatos e negou veementemente que haveria aumento. O Jundiaí Agora (JA)  publicou que a tarifa poderia chegar a R$ 4,50. O prefeito usou outro jornal para dizer que a informação era “boato”. Dias depois ocorreu o anúncio do aumento da tarifa, R$ 0,10 a menos do que o JA divulgara…

O mais impressionante neste caso foi o fato do prefeito ter sido desmentido pelos secretários de Finanças e Transportes em entrevista, durante afastamento do Paço no final do ano passado. Após seu retorno, o prefeito não deu qualquer declaração explicando o ocorrido.

É preciso lembrar também o recuo do prefeito no caso do aumento de 25% do IPTU. No mesmo dia em que afirmara veementemente que preferia o chamado “suicídio político” ao invés de comprometer as finanças da Prefeitura, ele voltou atrás e retirou da Câmara o projeto do aumento do imposto.

Provavelmente quando fez a declaração bombástica que não retiraria o projeto estava seguindo “orientações” de alguém forte do governo que fragiliza a autoridade do prefeito, porém não suportou a pressão dos vereadores que tinham contra eles a opinião pública através das redes sociais.

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Também é estranho que o prefeito tenha se sujeitado ao abandono na conservação da cidade durante quase todo o ano, sujeitando a população a problemas de saúde pública, falta de visibilidade nas vias, riscos com segurança. É o tipo de economia que não cabe ao Poder Público pois a conservação da cidade é um serviço básico e corriqueiro. Assistir a esta situação sem cobrar soluções no presente caso demonstrou uma falta de interesse em cuidar da cidade.

São inúmeros os exemplos de decisões que parecem distantes do prefeito, como a redução dos itens e da qualidade do kit do material escolar, do uniforme escolar, da ausência de Jundiaí nos Jogos Regionais, o fim da Feira da Amizade, dentre outros assuntos.

Ainda que a estratégia política fosse utilizar a mentira, contada uma centena de vezes, que tinham assumido uma cidade quebrada financeiramente, o prefeito jamais poderia “abrir mão” de sua autoridade, principalmente deixando que o marketing político ou pessoas que não foram eleitas decidam os rumos da cidade. (foto acima: sergio de amo)


PEDRO BIGARDI
É jundiaiense, 57 anos, engenheiro civil, casado com Margarete e pai de Patricia, deputado estadual (2009 – 2012) e ex-prefeito de Jundiaí (2013 – 2016).