A Imprensa Oficial do Município de Jundiaí do último dia 12 confirmou uma denúncia feita pelo suplente de vereador Irmão da Lojinha, que no mês de novembro de 2017 afirmou que não estavam sendo feitas matrículas na Emeb Professora Maria José Maia de Toledo localizada, no Jardim São Camilo. O decreto 27264/18 assinado pelo prefeito Luiz Fernando e publicado somente agora confirmou que a atual gestão está fechando aquela unidade de ensino. Mais um retrocesso.
Assim que soube da notícia estive no bairro e fui verificar as alternativas propostas pela Prefeitura para o deslocamento dos 120 alunos que hoje estudam naquela escola e me espantei com a solução proposta pela atual administração.
Uma das alternativas é o deslocamento para a Emeb Pedro de Oliveira, na Vila Joana, que exige um longo percurso para as crianças, contrariando a regra básica de se estudar no entorno da própria residência.
Outra alternativa apresentada é o deslocamento para a Emeb Deodato Janski, no Jardim Tarumã, que segundo a Prefeitura está a “apenas” 800 metros do local. Ocorre que a escola que a atual gestão de Luiz Fernando quer fechar localiza-se na chamada parte baixa do São Camilo e para chegar até a escola do Jardim Tarumã há um altíssimo aclive, o que torna o trajeto muito difícil.
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Tanto numa como noutra solução apresentada, as crianças serão submetidas a um deslocamento sem necessidade, penalizando as famílias.
As justificativas para o fechamento da escola também não tem lógica. Diz o atual governo que a escola não tem demanda e que no período da tarde fica ociosa. Não acredito nesta justificativa pois o bairro do São Camilo é muito populoso e tem muitas crianças nesta faixa etária.
Outra justificativa apresentada pela Prefeitura é que a escola é pequena e não há espaço para hortas ou áreas de lazer. Também não cabe tal justificativa: junto à escola há uma quadra coberta da escola estadual no terreno vizinho que pode ser compartilhada.
De qualquer forma não se justifica o fechamento da escola. É mais uma atitude negativa na área da educação em Jundiaí que desde o ano passado vem anunciando fechamento de salas do EJA (Educação de Jovens e Adultos), diminuição do kit de material e de itens do uniforme escolar, e agora começa 2018 com esta notícia que apenas prejudica crianças e comunidade do Jardim São Camilo. Fechar escola é mais um retrocesso.
Espero que a Câmara de Vereadores, a Promotoria e a Defensoria Pública de Jundiaí estejam atentos a esta ação cruel e injustificada por parte da atual gestão.
PEDRO BIGARDI
É jundiaiense, 57 anos, engenheiro civil, casado com Margarete e pai de Patricia, deputado estadual (2009 – 2012) e ex-prefeito de Jundiaí (2013 – 2016).
