Tem sido recorrente a falta de planejamento e as constantes improvisações da atual gestão de Jundiaí. Seriam admissíveis alguns problemas nos primeiros meses de 2017, mas os erros de gestão ocorreram durante todo o ano. E começam a se repetir neste início de 2018.
Deixar a cidade sem um serviço básico de corte de mato durante oito meses é algo extremamente grave. Trata-se de um serviço prioritário, não é simplesmente a estética da cidade. Envolve questões de saúde, especialmente em tempos de controles de doenças transmitidas por mosquitos. Bairros como a Vila Marlene tiveram de conviver com escorpiões trazendo riscos às pessoas e principalmente às crianças. Pior ainda foi ver a atual gestão fazer pequenos vídeos de marketing sobre a economia de recursos do contrato de corte de mato comparado com aquele que existia em meu governo. Ridículo por comparar dois contratos distintos com quantidades de equipes diferentes, e fica claro, após um mês de trabalho que as equipes atuais mal conseguiram fazer algumas avenidas mantendo a cidade em abandono. Mais do que ridícula a postura do atual governo é irresponsável em fazer marketing após submeter a população aos riscos de doenças, após oito meses sem um serviço básico. Aliás, em nenhum momento os atuais “gestores” vieram a público explicar o porquê da demora na licitação.
Nos últimos dias surgiu uma nova informação na área dos serviços públicos. Após o elogio em rede nacional do sistema de reaproveitamento de entulho de construção civil implantado em nosso governo, descobriram que o sistema de tratamento de resíduos ficou parado, sem funcionamento, durante 45 dias acumulando 18 mil toneladas de entulho.
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São inúmeros os atropelos de projetos sendo o mais conhecido o caso do aumento abusivo do IPTU, que a atual gestão tentou “enfiar goela abaixo” na Câmara no “apagar das luzes” do ano legislativo. Mas houve reação da sociedade que fez o prefeito voltar atrás em sua decisão no mesmo dia em que fez forte discurso defendendo o aumento.
Tem sido assim com os cancelamentos de “última hora”, sem planejamento ou prévio aviso, como nos casos da Feira da Amizade, dos Jogos Regionais e outras atividades.
Após resolver fazer o carnaval este ano, o atual governo fez outra lambança. Deixou tudo pra última hora, marcou dois dias de desfile, mudou pra um, buscou patrocinador sem tempo hábil e inviabilizada esta possibilidade vai fazer um desfile “como der”, o que pode colocar riscos para a população e para as escolas que vão participar. Torço para que não haja problemas com esta improvisação toda.
Atropelos, atrasos, decisões de última hora e ações injustificadas como o fechamento da escola no jardim São Camilo e o encerramento do período integral na escola no bairro do Medeiros tem demonstrado um governo despreparado para a gestão e desinteressado em se relacionar com a cidade. (Foto acima: SkyscraperCity)
PEDRO BIGARDI
É jundiaiense, 57 anos, engenheiro civil, casado com Margarete e pai de Patricia, deputado estadual (2009 – 2012) e ex-prefeito de Jundiaí (2013 – 2016).
