Tiago Rodrigo da Silva tinha 16 anos quando desapareceu. Era um dia qualquer de agosto de 1996. Saiu dizendo para o avô que iria dar um ‘rolê’, que, naquela época era uma gíria para ‘dar uma volta’. Agora, a foto de Tiago está no verso dos recibos distribuídos pelos pedágios da Autoban, uma tentativa de tentar localizá-lo. Centenas de rostos estão nestes recibos e dão esperança para as famílias dos desaparecidos. É o caso da mãe de Tiago, da dona de casa Isabel Cristina Silva, de 54 anos(foto abaixo).
Ela já esteve em vários programas de televisão em busca de informações. “O Tiago era vendedor ambulante. Vendia bala e água dentro dos trens”, conta. Na época que desapareceu, a família morava em Francisco Morato. Depois, Isabel Cristina decidiu voltar para sua cidade natal, Campo Limpo Paulista.
“Ele era rebelde. Até esteve na antiga Febem. Mas não tinha um motivo para desaparecer. Para o meu coração, ele está vivo. Todo dia convivo com o vazio. Só Deus para alimentar a gente”, lamenta a dona de casa. Desde o sumiço de Tiago, a família não teve mais dias de festa.
Isabel conheceu a ONG Mães em Luta, que se dedica a localizar jovens desaparecidos e começou a participar das atividades. “As fotos nos recibos são tudo de bom. Não vou morrer sossegada até achá-lo”, diz ela.
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