Termina neste domingo as atividades de Rodrigo Janot como Procurador Geral da República. Nomeado por Dilma Rousseff, então presidenta da República como ela sempre gosto de ser chamada, Janot tomou posse no dia 17 de setembro de 2013 e com mandato de quatro anos para a função. Em seu lugar assume Raquel Dodge, indicada para a função por Michel Temer.
Durante o período em que esteve à frente da PGR, Janot se mostrou polêmico mas garantiu não ter medo de cara feia. Esta afirmação se deve sobre as reclamações de Dilma quando ainda no cargo maior neste País, afirmando que ele deveria pensar duas vezes antes de tomar qualquer atitude contra ela, já que estava no cargo por sua indicação. Janot afirmou que o cargo não lhe fora imposto por ela, mas conquistado por seu trabalho e competência.
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Claro que Temer está no mesmo caminho que Dilma: sua briga com Janot não é de hoje. Ela começou no dia em que tomou posse como presidente da República e Janot – não por causa disso – começou a mostrar que Temer era suspeito de corrupção até prova em contrário. Passaram pelas mãos de Janot uma centena de processos envolvendo políticos suspeitos de corrupção, mas neste ano já houve uma ação direta contra Michel Temer, suspeito de envolvimento em corrupção. Claro que acompanhamos o caso e vimos Temer vencer, ao fazer trocas de deputados e fazer promessas a outros para se manter onde estava. Agora, Janot vem com outra denúncia contra Temer, este buscando se proteger correu ao Supremo Tribunal Federal para tentar tirar Janot do seu caminho. Mas não conseguiu! Janot obteve vitória esmagadora no Supremo e o caso também vai para a Câmara.
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Claro que existe uma grande possibilidade de Temer, mais uma vez, vencer e esta nova denúncia ser arquivada. Mas claro também que a declaração do outro Rodrigo, o Maia, presidente da Câmara, pode mudar o rumo das coisas: ele afirmou recentemente que o Governo está desgastado, que as reformas podem não ser concluídas, o que significa que esta perda de força de Temer pode prejudicá-lo na nova votação. A ordem, claro, é esperar, mas é importante ficar de olho em Raquel Dodge. Não vamos brincar com o sobrenome da nova procuradora, mas é importante que ela engate uma segunda para poder mostrar serviço e acelerar as ações que ficarão sobre sua mesa com a saída de Janot. Que as declarações e atividades de Janot não sejam esquecidas e que a partir da próxima semana a corrupção continue a ser combatida com força neste País empobrecido politicamente. (foto acima Marcelo Camargo – Agência Brasil)
NELSON MANZATTO
Jornalista profissional diplomado, tendo trabalhado no Jornal da Cidade de Jundiaí, Diário do Povo de Campinas, Jornal de Domingo de Campinas, Diário Popular de São Paulo e Jornal de Jundiaí. Foi editor-chefe dos jornais Diário do Povo, Jornal de Domingo e Jornal de Jundiaí e sempre trabalhou nas editorias de Política e Economia. Também trabalhou em Assessoria de Imprensa. É membro da Academia Jundiaiense de Letras e tem quatro livros publicados: Surfistas Ferroviários ou a História de Luzinete (Vencedor de Concurso Literário), Contos e Crônicas de Natal (com cinco textos premiados), Momentos e No meu tempo de Criança. Mantém um blog literário: blogdonelsonmanzatto.blogspot.com