Restos da DITADURA MILITAR

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Apesar do ministro de Defesa, José Mucio Monteiro, ter dito no começo de março que não abriria espaço para leitura de ordem do dia ou nota oficial sobre o dia 31 de março de 1964, data que, tristemente, começou no Brasil a Ditadura Militar, um grupo de militares do Rio de Janeiro fez festa para comemorar a data no dia 31 último. Lamentável esta ação até porque o Brasil já mudou de postura, teve apenas governos civis, começando com José Sarney, que assumiu o governo brasileiro, diante da doença e depois a morte de Tancredo Neves. Sarney era seu vice.

A ditadura militar acabou com o governo João Goulart com o discurso de que o comunismo estava chegando ao Brasil. Sem Goulart, os militares de apoderaram do país, fecharam o Congresso, começaram a indicar governadores de Estado, senadores e prefeitos de capitais, todos alinhados ao golpe.

Além disso, surgiram os presos políticos, deputados cassados, outros exilados, artistas também seguindo este mesmo caminho. Gil, Caetano e Chico Buarque foram exilados, assim como o depois presidente da República, Fernando Henrique Cardoso e o depois senador, governador e ministro José Serra.

Além disso, a imprensa foi fortemente perseguida, com jornais impressos censurados e o mesmo acontecendo com as emissoras de televisão. Como são concessões do governo, as televisões tinham problemas menores, mas os jornais contavam com censores dentro das redações. Uma forma de driblar a censura, os jornais O Estado de S. Paulo e o Jornal da Tarde começaram a publicar receitas de bolo e poemas de Camões, para os leitores entenderem o que estava acontecendo, apesar de não saberem o que estava sendo proibido de divulgar. Jornalistas foram presos e houve até mortes, como foi o caso de Wladimir Herzog, que morreu no DOI-CODI em São Paulo.

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As desavenças dos militares sempre foram maiores com os jornalistas, tanto que o ex-capitão e ex-presidente, Jair Bolsonaro, foi um crítico ferrenho de jornalistas, chegando inclusive a ofender tais profissionais, quando eram questionado sobre algo que não queria responder. Como não lhe era permitido prender ou censurar a imprensa, criou seu próprio grupo de apoiadores, financiados por empresários ligados ao seu governo e espalhando fake news por todo o país.

Lamentável ver que fiéis seguidores do “mito” preferem acreditar nas informações falsas do que entender a verdade. Mas o Jair está de volta ao Brasil. Não teve a recepção que queria e até imagina-se que ele gostaria de participar de uma carreata ou de uma motociata para celebrar sua volta. Mas como a volta só foi ao país e não ao cargo que ele abandonou dois dias antes do prazo, nenhuma celebração lhe foi proporcionada.(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

NELSON MANZATTO

É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.

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