Engano, ou talvez ilusão? Um combinado de ridículo em excesso com extremismo sentimental, expondo, assim, o indivíduo a obter pena por suas mazelas. Até onde vai a loucura humana? E quando a história fica menos difícil, ou, descomplicada, se as ações do evento em tema fossem de quem vê de fora, ao invés daquele que protagoniza? A percepção circunda as questões citadas, de quem aprecia obras de Fiodor Dostoiévski, o gênio literário. Não estou endeusando Dostoiévski, afinal, ao meu crer, Deus foi e continua sendo, antes de Dostoiévski ser. Deus fez as coisas e, também, Dostoiévski. Assim entendido, como tudo que há de bom na vida para conhecer e apreciar, aí está Dostoiévski e sua genialidade produtiva literária. Há várias referências. Cito Dostoiévski(ilustração) hoje, por ser literatura clássica russa, da minha preferência.
Suas histórias e personagens são únicos e, de certa forma, nos cativam. Além de cativar, compreendo que nos identificamos com eles. Soou maluco? Explico. Acredito que isso é dado ao nosso costume perene, das comparações que fazemos, e que nos agasalham ao pensar: “poxa vida, que sujeito desgraçado”. Eu me sinto pequeno e limitado às vezes, mas, esse, me superou. Ele é bom, hein!? Parabéns ao autor e sua genialidade.
É relevante pensarmos assim, não no sentido da comparação, mas de brincar com nossa pequenez. Esse é um bom motivo, para degustar os escritos clássicos de Dostoiévski. A atrocidade do mundo, não pode ser na nossa mesma medida, conosco mesmo. É recomendado termos generosidade conosco, porém atentos aos erros precedentes, os impactos das nossas ações e buscar aperfeiçoar. Ocorre que são inabarcáveis as razões de nossos erros, tornando, numa aparência, os êxitos menores. Tanto que, desejamos e muito acertar, e quando o fazemos, produzimos aquela propaganda do que nos dá certo. Tem dúvida? Dá uma olhada no recheio do seu feed do Instagram.
As narrativas de Fiodor Dostoiévski são de detalhes nas descrições, das situações e personagens. Isso dá o tom realista ao autor, como se estivéssemos vendo tudo. Os diálogos internos e introspecções dos personagens dão caráter existencialista. Essa escrita atribui vivência interna e contamina a ação da narrativa, adotada depois por quase todos os grandes escritores no início do século XX. Dostoiévski, com toda sua genialidade, foi o pioneiro do uso da introspecção de personagens, para construir o enredo, segundo Rebeca Fuks, Doutora em Estudos da Cultura (Cultura Genial, 2017). Ilustração: reprodução do quadro de Vasily Perov.
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Com isso, “o erro é uma coisa positiva, porque, por ele, chega-se a descobrir a verdade”(Crime e Castigo, 1866). Entendo que descobrimos a verdade, errando. Porém, nossa sabedoria e ponderação, mora no endereço certo, se não nos deixa causar sequelas graves, irreparáveis ou fatais, como em Crime e Castigo.
Para mim, o resultado da introspecção nos gera um caldo de narrativa própria. Somo escritores das nossas próprias narrativas. Para isso, pensamos para escrever. Nisso, Raskolnikov, em Crime e Castigo, falhou? E nós, como temos nos enxergado, assim, narrando nossas histórias? Tenha um ótimo dia.
DIOGO GOMES RIZZI
Administrador, filósofo, especialista em negociação. Experiente em gestão de negócios no Brasil, América Latina e Central, Europa e Ásia. Estudioso e apreciador da literatura.
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