PIPAS X REDE ELÉTRICA: 268 casos em apenas cinco meses

pipas

As férias escolares do meio do ano, somadas à época de ventos mais fortes e tempo seco, se constituem em um período propício para a brincadeira de empinar pipas, muito comum no estado de São Paulo. Mas a prática requer cuidado, já que as pipas podem enroscar na rede elétrica se não forem empinadas em locais mais abertos, sem fios próximos, como parques. Levantamento da CPFL Piratininga, abrangendo nove cidades da região de Jundiaí, mostrou que houve 268 ocorrências, entre janeiro e maio deste ano, envolvendo pipas na rede elétrica, média de 53 casos por mês. As cidades de Jundiaí, Várzea Paulista e Indaiatuba lideram o ranking. 

“Empinar pipa é uma brincadeira saudável e ainda muito presente entre as nossas crianças e também entre os adultos, mas os devidos cuidados precisam ser observados. O ideal é analisar o local antes de brincar, identificando, por exemplo, se há cabos de energia próximos, nos quais a pipa pode tocar”, comenta Levi Marcel Rocha, gerente de Saúde e Segurança do Trabalho de Negócios de Mercado na CPFL Energia.

Confira as cidades da região de Jundiaí e os números de interrupções causadas por pipas na rede elétrica nos cinco primeiros meses de 2022, além dos dados dos anos de 2020 e 2021 inteiros:

Por meio da campanha Guardião da Vida, a CPFL Piratininga prioriza a segurança com a população e traz dicas de conscientização constantemente para evitar acidentes com a rede elétrica. Entre os assuntos, estão os perigos de brincadeiras com pipas próximo às subestações e às redes elétricas. A CPFL reforça que as pessoas nunca busquem as pipas caídas em locais com equipamentos de energia, que podem causar acidentes e até morte. 
 
Os desligamentos e os acidentes causados pelas pipas podem ser evitados com alguns cuidados simples, indicados pela campanha Guardião da Vida. É importante escolher um local longe da fiação elétrica, como campos abertos e parques, fugindo do entorno de rodovias ou das avenidas de intenso movimento, onde também podem acontecer atropelamentos. 

“É importante não tentar resgatar uma pipa enroscada na rede elétrica, pois além de provocar desligamentos no fornecimento de energia pode causar acidentes, com vítimas fatais. Se acontecer de o brinquedo ficar preso em um fio, a melhor atitude é dá-lo como perdido”, complementa Rocha. 

Além disso, vale destacar que no estado de São Paulo usar o cerol ou a chamada “linha chilena” é crime, de acordo com a lei estadual nº 12.192, de 2006. Por conduzirem eletricidade, em contato com a rede elétrica, aumentam o risco de choques. Por conta do seu poder cortante, essas linhas podem romper os cabos da rede e provocar curtos-circuitos, além de colocar em risco a vida de pedestres, ciclistas e motociclistas. 

Confira 10 dicas básicas da CPFL para uma brincadeira mais segura: 

  1. Empine pipas longe de rede elétrica, em locais onde não exista nenhum tipo de cabo de energia;
  2. Dê preferência a espaços abertos como praças, parques e campos de futebol para usar o brinquedo;
  3. Evite também soltar pipas em canteiros centrais de ruas, avenidas ou rodovias, locais onde existe fluxo de veículos;
  4. Nunca use cerol ou a linha “chilena”, eles são proibidos por lei (Lei Estadual – Nº 12.192, de 2006);
  5. Evite também as “rabiolas”, pois elas enroscam nos fios elétricos, desligando o sistema, podendo provocar choques elétricos, muitas vezes fatais;
  6. Não utilizar papel alumínio na confecção da pipa, pois é perigoso, este material pode provocar curtos-circuitos;
  7. Caso a pipa enrosque nos fios, não tente soltá-la. O melhor a fazer é desistir do brinquedo;
  8. Nunca tente resgatar ou remover uma pipa com canos, bambus, ou laçar o brinquedo na rede elétrica com uso de linhas. Essas atitudes podem representar sério risco à vida;
  9. Não solte pipas em dias de chuva, com incidência de descargas atmosféricas (raios). Ela funciona como para-raios, conduzindo energia;
  10. Não se deve subir nas lajes das casas para empinar a pipa. Nesse caso, além de se aproximar da rede elétrica, qualquer distração pode causar uma queda.(Foto: Celesc)

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