Num mundo que só existem olhos para SUVs e elétricos, o Sentra, da Nissan é um sedã classudo, que dá uma aula de conforto e economia. Quando a gente pensa na confiabilidade e robustez dos sedãs japoneses, os primeiros nomes que vêm à cabeça são o Corolla e o Honda Civic. Talvez por uma postura menos agressiva do marketing da Nissan do Brasil, pouco se fala do Sentra, um belo carro, cheio de atributos, que acaba passando batido na hora de escolher um carro novo. E a impressão que temos é que o pessoal da Nissan bobeou em não aproveitar o espaço deixado pela partida do Honda Civic nacional, que acabou sendo substituído por um modelo mais moderno, porém muito mais caro. Uma pena.
Mas vamos às impressões de dirigir a nova geração do Sentra, aliás, a oitava geração do sedã, que provavelmente em 2025 ou 2026 chega por aqui com um leve facelift. Durante uma semana nós rodamos a bordo da versão mais completa do sedã, batizada de Exclusive. Curiosamente, como há um bom tempo não acontecia, o sedã atrai olhares por onde ele passa. Seja no pedágio ou no estacionamento do supermercado, a gente flagrou sempre alguém com àquele olhar curioso de “que carro é esse?”.
E o Sentra realmente chama atenção, seja pela imponência dos seus 4,68 m de comprimento, pela carroceria com pintura saia-e-blusa, com teto preto, ou pela belíssima grade dianteira, com faróis full-led e um desenho bem complexo e agressivo. Definitivamente este não é um carro de tiozão.
O motor 2.0 litros, rende 151 cavalos e 20,1 kgf.m de torque. A transmissão CVT simula 8 marchas e tem mudanças suaves e boas respostas quando se pisa no acelerador.
Tudo bem que a potência é bem menor que o rival Corolla, que no etanol chega aos 177 cv. Porém, o sedã da Nissan dá um show de economia. Durante nosso teste a média passou dos 11 km/l rodando na cidade e bateu nos 16 km/l na estrada! Números melhores do que muitos motores 1.0 turbo de última geração…
O interior da versão Exclusive é muito bem-acabado, com assentos e acabamento das portas e do painel e dois tons de couro. Eu particularmente gostei bastante.
Na parte de auxílio de condução, o Sentra traz o adaptative cruise control, que é o piloto automático capaz de manter sozinho a distância do carro que vai à frente, inclusive parando totalmente caso o veículo que segue à frente freie. A tela multimídia de 8 polegadas tem conectividade com o Android Auto e o Apple Car Play, porém, apenas através do cabo.
Espaçoso, com um desenho bem agressivo, excelente espaço interno e no porta-malas (de 466 litros), um bom pacote de tecnologia, economia e a tradicional resistência mecânica dos carros japoneses. Esse é o Sentra da Nissan, um rival à altura do Corolla e que merece um pouco da sua atenção na hora de trocar de carro.
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Ah, e o preço, quando comparado com SUVs e “modinhas” afins, acaba sendo um atrativo. A versão de entrada, Advance custa R$ 149.990 (bem próximo do Virtus da Volks) e a topo de linha, Exclusive, R$ 176.690. ©Joaquim Rimoli | AutoMotori 2024
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