Um projeto simples pede uma versão mais madura. Os desafios e os novos planos deverão ter a versatilidade dos ventos e a visibilidade de diversificar as direções. Mesmo propondo e mesma proposta na sensibilidade social. Para quem vive se escondendo do clarão da lua, mas seguindo o caminho iluminado do luar nas sombras da selva de pedra.
O nosso fogo está ativo, não é facultativo. Num clima extremo e intenso, o merecimento. O sonhos são as nossas motivações, no inconsciente coletivo, um circo de circunstâncias.
A arte nasce do artesanato, óbvias criações feitas a partir das mãos. Nossa força desde o mais simples ato até a nas nobre atividade. Desde os primeiros manuscritos, dos toques dos atabaques. Das esculturas em argila, em ferro, pedras e ossos. Até a liberdade de um soco para o alto, no espaço.
Das esteiras feitas com palhas das folhas de palmeiras, das cuias feitas de cabaças e cascas de coco. Das armas construídas a partir das pedras. Bater asas. Persistir no voo, para alcançar o sonho. Ícaro também pensava assim. Cada um com a sua miséria. Importa saber aproveitar o que a vida nos oferece. Olhando pelas janelas da percepção, o que nos livra da ignorância óbvio como uma clara visão que congela o momento, para um livro de recordações e revela-nos positivamente e de imediato.
Racismo e colonialismo foram as formas que nos aprisionaram estruturadamente até agora, mas é também o que nos liberta das amarras e está nos levando ao futuro que construímos e será o nosso guia a partir de agora. São os nossos desafios…
A obra coletiva não tem gênio. Só operários da lavra. E a nossa é revolucionária e de resistência. Para fugirmos das subjetividades brancas.
O problema do tempo é a comodidade. Como a idade, chega e acumula. De tempo em tempo se reavalia e sempre se sente inconformado. Conflitos diversos, utopias, vida autoral. Disponibilidades de casta para conviver com as possibilidades e os limites dos ofícios para se pôr em prática enquanto idealizamos e utilizamos dos nossos exercícios.
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CONSCIÊNCIA E INTENCIONALIDADE
A ciência ancestral africana é um fenômeno cultural. De onde viemos. Sabemos. Como viemos, não nos contaram. Viemos pela nossa vontade? Não. E na história da viva voz, quem somos?
Os brancos com sua ingenuidade acreditam que ferraram a “gente”. O que eles não sabiam é que éramos sementes. E enquanto nos espalhavam por escolha própria não perceberam que enfrentamos os desafios. Estão assustados com o que estão colhendo. O choro é livre, mas a colheita é obrigatória. (Foto: Bestbe Models/Pexels)

LUIZ ALBERTO CARLOS
Natural de Jundiaí, é poeta e escritor. Contribui literariamente aos jornais e revistas locais. Possui livros publicados e é participante habitual das antologias poéticas da cidade.
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