A história dos 50 TONS…

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Ninguém teve a ideia de fazer um filme que se chamasse 50 Tons de Preto. Seria uma grande besteira, isso não acrescenta nada nem é possível. Preto é único, pode significar ausência, sombra, trevas e é antagonismo de branco, que também significa luz dentre outras coisas.

Como tudo na vida tem dois lados, antes das mídias coloridas só existiam tudo em branco e preto, criaram uns caracteres de luz e sombra, que se estabeleceu como referência. 

Individualmente ou junto e misturado, daí surgiram os 50 tons de cinza. Que vai desde o cinza azulado até o cinza chumbo, passando por todas as cores que podem ser reveladas pelas nuvens e vistas a olho nu, no nosso cotidiano, a cada nuance do tempo, de nublado claro até o terrível aglomerado de cumulunimbus, que assusta como cenário de filme de terror e provoca os maiores desarranjos na natureza e na natureza dos seres humanos. 

Os pretos desinformados, deslumbrados e desinteressados, sempre oscilaram em se assumirem como negros, preocupados também com os reflexos das aceitações dos brancos, o que não está bem definido, até os dias de hoje.

Então, eles pediam opiniões aos seus algozes, que lhes respondiam, classificando os pretos em três cores, três tons: os retintos, os mais ou menos, e os clareados. Começou então uma série de elucubrações do tipo.

Você não é preto, você é cor de jambo, nossa??? Por que não jabuticaba? Ah! ela é muito preta. Talvez então, jamelão? Mas, também é um roxo muito escuro e tem reflexos furta-cor…

A mulatada brasileira se contentava e se definia como mestiços do branco e preto, mas jamais se admitiam “cinzas”. Moreno-escuro estava de bom tamanho, será que era isso mesmo? As mulatas então se vangloriavam quando eram chamadas de “jambetes”

Nada definido como o termo juntos e misturados, segue o rumo ou a vida leva, mas ninguém vira “onça” quando lhes chamam de pardo ou parda. Nem o pardal.

Coisas do país do futebol, que já foi Vera Cruz, terra de Santa Cruz e Pindorama. Definido segundo o IBGE, que “pardo” configura um dos cinco grupos de “cor ou raça” que compõem a população brasileira. Junto com brancos, pretos, amarelos e indígenas. 

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Humanidade e eternidade, foram “criadas” para justificarem “vidas” num universo de brilhos infinitamente. Independentemente, de raça, opção sexual, religião e cor da pele, mesmo porque, definidas mesmo só as cores do arco-íris, que reflete luz do sol e se apresenta, tanto como arco-íris diurno ou arco-íris noturno.

A noite parece as cataratas do Iguaçu, quando lhe reflete e parece estar espelhando a aurora boreal, sua maior concorrente…(Foto: August de Richelieu/Pexels)

LUIZ ALBERTO CARLOS

Natural de Jundiaí, é poeta e escritor. Contribui literariamente aos jornais e revistas locais. Possui livros publicados e é participante habitual das antologias poéticas da cidade.

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