‘Traidores’: Madson diz que tinha autorização do presidente do PL

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Exaltado, o vereador Madson Henrique(PL) revelou, durante a primeira sessão da Câmara Municipal de Jundiaí deste ano, que tinha a autorização do presidente do partido, Adilson Rosa, para votar em Edicarlos Vieira(União Brasil), para presidente da Casa, no dia 1º de janeiro. A fala de Madson ocorreu minutos depois da Tribuna Livre, onde Afonso Zeni fez vários questionamentos sobre os três vereadores da sigla que não votaram em Quézia de Lucca para presidência: o próprio Madson, João Victor e Tiago da El Elion. Afonso mandou Madson, que é alagoano, voltar para o lugar onde nasceu. Ele foi acusado por Madson e outros vereadores de xenofobia. O vereador do PL pediu para que o departamento jurídico do Legislativo seja acionado para processar Zeni. “Quando sair daqui também farei um boletim contra este senhor”, adiantou Madson. Edicarlos pediu para guardas municipais retirarem Afonso Zeni do plenário. Até o momento, Adilson Rosa não se manifestou. O Jundiaí Agora também questionou Zeni através do site www.zeni.com.br e ainda não recebeu retorno.

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Dirigindo-se a Edicarlos, Zeni disse que “na sessão na qual o senhor foi eleito vi uma cena tosca. Sou um filiado do partido no qual a minha colega(Quézia), foi traída nas eleições para a escolha do presidente da Casa. Eu não cofio mais nestes três elementos. Não estou aqui para defender a vereadora. Porém, eu me senti traído. Eu estou me defendendo. Gostaria que o partido tomasse as providências. Eu já tomei as minhas. Qual é a moral que essas pessoas têm para pedir o impeachment de Lula?”, perguntou Zeni. A resposta de Madson Henrique veio minutos depois. “Tudo na vida tem limite. O que eu ouvi e presenciei sendo acusado de traidor porque votei em Edicarlos é muito ruim. Aqui não tem elementos. Tem três pessoas que decidiram ouvir aqueles que as ajudaram a chegar nas eleições nesta composição com o prefeito que ganhou de forma legítima e que precisa fazer um bom trabalho. Eu não estou aqui para atrapalhar o trabalho de ninguém”, afirmou Madson.

Neste ponto, Afonso Zeni, que estava no plenário, interrompeu o discurso do vereador. Não foi possível ouvir o que ele disse. Madson retrucou dizendo que acompanhou a fala dele na Tribuna sem interrompê-lo. Mostrando o celular, o parlamentar disse que “não houve traição nenhuma. Tenho como comprovar que o presidente do partido me liberou na votação para compor com o atual presidente da Câmara. Este senhor não é militante coisa nenhuma e não sei qual é o interesse dele falar isto”, disse.

Novamente Madson foi interrompido por Zeni que gritou “volte para a sua terra”, segundo comentário da vereadora Mariana Janeiro(PT). O vereador se levantou e apontou para o suposto militante do PL e disse: “isto é xenofobia. Isto é crime”. Edicarlos chamou os guardas municipais para retirarem Zeni do plenário. Outros vereadores também passaram a acusá-lo de xenofobia. “Você veio a mando de quem cometer xenofobia na Câmara? Qual é o seu problema por eu ter vindo de Alagoas? O que você é mais do que eu? Tenha vergonha na sua cara e tenha responsabilidade com as suas falas”, afirmou Madson. O vereador, novamente levantando o celular, disse que tinha o respaldo do presidente do PL para votar em Edicarlos. “Respeito que ele tenha ido às redes sociais. Respeito a liberdade de expressão, diferente dele que não respeitou a minha”, concluiu.

Na sequência, o vereador Rodrigo Albino pediu a palavra e explicou que a bancada do PL já se reuniu e tudo foi esclarecido. “A votação para a presidência acabou no dia 1º e estamos todos unidos por Jundiaí, independentemente da posição política de cada vereador. Quézia de Lucca também se pronunciou sobre a fala de Afonso Zeni. “As eleições são águas passadas. Votar em Edicarlos foi sua opção. Eu não sabia que este senhor iria falar. Enfim, são posicionamentos de cada um. Esta é a casa do povo. Porém, toda expressão de desrespeito deve ser combatida. Não concordo com estes valores e com qualquer tipo de discriminação”, disse. Outros vereadores criticaram o comentário de Zeni.

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