AEDES pode acessar andares altos. Jundiaí já tem 408 casos

AEDES

Na luta – sem trégua – contra o Aedes aegypti, a Prefeitura de Jundiaí chama a atenção, também, de quem mora ou trabalha em andares altos. É mito que o mosquito não consegue chegar nos pavimentos superiores dos prédios e fazer vítimas. A gerente da Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM), biomédica Ana Lúcia de Castro Silva, explica que, embora o raio de voo do inseto seja mil metros sem se alimentar e 250 metros alimentado, ele pode “pegar carona”, ou seja, fazer a dispersão passiva, utilizando o elevador e a escada ou se prendendo em roupas e objetos.  Em outros casos, ele ainda chega como ovo (sem água) ou na fase aquática – larvas e pupas – em recipientes como vasos, pneus, entre outros.

“Muitas pessoas acreditam que estão protegidas da dengue por morarem em apartamentos. Mas, além das áreas térreas que podem ter criadouros do Aedes, como pratos de plantas, grelhas e ralos, ele pode se deslocar para as áreas mais altas e se proliferar”, ressalta.

A biomédica ainda observa que, diferentemente dos bairros horizontalizados, em que as casas têm certa distância, nos condomínios tudo é muito perto, o que pode favorecer a transmissão para mais pessoas. “A fêmea vive próxima das pessoas, por precisar se alimentar de sangue. É fundamental, portanto, que toda a população adote as medidas preventivas para evitar os criadouros do mosquito Aedes aegypti. Somente com atitude proativa, conseguiremos conter os casos. A dengue é uma doença que pode se agravar e levar ao óbito”, acrescenta.

Cenário – Conforme o último Boletim de Arboviroses, a cidade acumula 408 casos de dengue desde o início do ano. As medidas para bloquear a doença seguem intensificadas em todas as regiões. Juntamente com as vistorias nos imóveis para a verificação de possíveis criadouros do mosquito, orientação aos moradores, ações de vigilância epidemiológica, mutirões para o recolhimento de inservíveis e trabalhos educativos e campanhas preventivas na mídia.

A cidade também segue com a oferta da vacinação contra a dengue para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. O imunizante é aplicado em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Clínicas da Família, de segunda a sexta-feira. O horário deve ser consultado em cada equipamento de saúde.

Rede de Atendimento – A Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) orienta que pacientes com sintomas como febre, dor de cabeça, dores no corpo e articulações, manchas na pele, dor nos olhos, fraqueza e vômito procurem atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Clínicas da Família.

Já pessoas com sinais de alerta para gravidade, tais como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, náuseas e alteração de consciência, devem buscar os Pronto Atendimentos (PAs) ou a UPA Nova Horizonte.

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