De novo é FIM DE ANO…

ano

Às vezes é até difícil de acreditar, mas estamos no fim do ano, outra vez. Árvores de natal começam a aparecer para todo lado que estejamos olhando. Esta sensação de que não vimos o ano passar nos invade e não conseguimos entender como parece que o tempo está andando mais depressa. Embora tenhamos conhecimento de que isto não é cientificamente possível a percepção é inevitável, mas a explicação para este fenômeno é simples: estamos usando mais o nosso tempo.

Ao longo do nosso dia, quaisquer que sejam as atividades que estejamos desenvolvendo, do mais ativo trabalhador ao mais ocioso cidadão, todos nós, minimamente saudáveis, executamos um conjunto de ações diárias em nossas vidas. Em cada uma delas o nosso tempo está sendo consumido. Mesmo quando não estamos fazendo absolutamente nada o tempo continua passando, entretanto quando estamos ocupados ou com nossa atenção voltada para alguma coisa nossa percepção do tempo muda.

Hoje estamos submetidos a inúmeras formas de contato social, profissional, lazer, etc. Basta pensar na quantidade de minutos que usamos com nossos celulares, aparelhos que fazem parte de nossas vidas de forma cada vez mais intensa. Lendo ou respondendo mensagens, acompanhando os noticiários, usando aplicativos de todas as espécies, pesquisando sobre tudo e muito mais, pois as opções de uso só aumentam. Todo este tempo, sem nos darmos conta, continua passando. A TV e todos os outros meios de comunicação também consomem nosso tempo, sem esquecer, evidentemente, das ocupações regulares de trabalho dentro e fora de casa.

Esse excesso de atividades, característica persistente dos tempos atuais, diminui nossa capacidade de ver o tempo passando e nos torna incapazes de ter uma real dimensão do tempo do relógio. Para entender como isto ocorre na prática experimente desligar seu celular e colocar um relógio no pulso para ver quanto tempo demora para a hora passar se não estivermos fazendo nada além de observar o relógio. Até aquelas esperas irritantes para sermos atendidos, onde quer que seja, ficam menores se estivermos ocupados, ao celular ou lendo alguma coisa.

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O que mudou no mundo foram o acesso e o excesso de todo tipo de comunicação. Ficamos sabendo do que está acontecendo em qualquer lugar, não importa a distância, em tempo real. Processar todas estas informações que, na prática, podem não significar absolutamente nada, pois muitas são totalmente irrelevantes, consome entretanto, uma quantidade enorme de tempo de forma quase imperceptível. São as conseqüências, muitas vezes indesejáveis, dos tempos modernos nos quais as narrativas são, quase sempre, mais significativas que os fatos. 

Assim, tentado saber de tudo e de todos mesmo que não tenham importância é que o tempo vai passando e nos espantamos que o fim do ano esteja às nossas portas outra vez. Não é o tempo que está acelerado, nós é que estamos.

FERNANDO LEME DO PRADO

É educador

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