Nosso cotidiano está cada vez mais difícil por conta de toda essa tecnologia que, supostamente, está aí para “facilitar” a nossa vida. Quase tudo o que fazemos nos nossos relacionamentos com o mundo nos remetem, inevitavelmente, para plataformas ou aplicativos. Não se consegue mais conversar com uma pessoa em quaisquer atendimentos e quando isso acontece não se sabe se realmente é uma pessoa ou uma inteligência artificial.
Reconheço que há, hoje, uma quantidade quase infinita de coisas que se pode fazer com um celular desde que você, usuário, tenha a paciência de se adaptar às limitações das programações que tentam adivinhar o que você quer. Lembrando e repetindo que o princípio básico da tecnologia da informação é o de que não há programação ruim, só usuário incompetente.
A pandemia nos obrigou a acelerar os processos de atendimentos virtuais e quase todas as instituições tiveram que se utilizar do remoto como ferramenta de comunicação adotando, para isso, de plataformas digitais. Quase todas as nossas atividades eram mediadas por estas plataformas e gradualmente nos adaptamos a elas independente do grau de intuitividade que apresentassem.
Intuitivo é aquele acesso a quaisquer sistemas que nos permitam utilizá-los sem ter que fazer nenhum curso de capacitação, assim, qualquer um de nós, simples mortais, pode acessar sem grandes dificuldades. Um exemplo disso é o WhatsApp. Um aplicativo amigável, fácil de utilizar e, por isso mesmo, extremamente popular. O que não acontece com outras plataformas, sobretudo as utilizadas para as atividades a distância especialmente as escolares. Os cursos EaD funcionam, inevitavelmente, através de alguma plataforma cujo grau de interatividade nem sempre é intuitivo ou amigável.
Para realizar qualquer operação são necessários muitos passos, ou cliques no botão do mouse, para fazer coisas razoavelmente simples. Fico imaginado quando teremos, de modo totalmente acessível, a comunicação por voz como vemos em séries futuristas tipo “Jornada nas Estrelas”. Nela os oficiais da Enterprise, uma poderosa nave espacial, perguntam sobre tudo para um computador que , invariavelmente, executa os comandos que são passados.
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Como seria interessante e desejável se pudéssemos dizer: “computador; transfira este arquivo para a pasta tal”, ou “crie uma pasta e coloque todos os meus artigos escritos para o Jundiaí Agora”. Quem sabe não teremos esta facilidade disponível em pouco tempo ampliando, com as inteligências artificiais, nossa capacidade de produzir ou trabalhar.
Enquanto isso vamos clicando e rolando o mouse para cima e para baixo buscando com o cursor realizar as tarefas que as plataformas nos permitem.(Foto: Deyvi Romero/Pexels)

FERNANDO LEME DO PRADO
É educador
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