Não sei o resultado dos tribunais desta quarta feira (escrevo o artigo na terça), mas é claro que qualquer desfecho deste julgamento determinará o rumo do Brasil nos próximos anos. Afinal estamos falando de um dos maiores líderes políticos da nossa história. Um homem com prestígio internacional, com grande carisma, capacidade de diálogo com as multidões e que hoje lidera as pesquisas.

Setores contrários a Lula vêem neste julgamento a oportunidade de tirá-lo da disputa e mais do que isso derrotar a esquerda brasileira, derrotando seu maior líder. Alguns setores mais estratégicos sabem inclusive que a decisão sobre a candidatura de Lula poderá trazer repercussões em toda a América do Sul.

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Tenho acompanhado o debate jurídico, especialmente nos últimos dias, e tive interesse de ler resenhas da publicação de juristas e advogados de todo o país, com mais de 108 artigos, questionando o processo e a sentença  de condenação de Lula.

Por tudo que li fica clara a fragilidade do processo e da sentença. O juiz virou acusador e as provas não se materializaram. Nos últimos dias, articulistas respeitados da grande mídia tem mostrado esta situação. O julgamento político ganhou maior relevância.

Se o processo ganhou uma conformação política maior do que a técnica-jurídica melhor que o julgamento fosse em outubro, na eleição. A eleição sem Lula perderá a legitimidade, qualquer que seja o resultado.

Podemos ter em outubro candidatos para todas as matizes políticas: Lula, Ciro, Marina, Alckmin, Manuela, Meireles, Maia, Bolsonaro e outros. Democraticamente o povo vai escolher e sua escolha será respeitada. Sem golpes jurídicos. (foto: Facebook/Lula)


PEDRO BIGARDI
É jundiaiense, 57 anos, engenheiro civil, casado com Margarete e pai de Patricia, deputado estadual (2009 – 2012) e ex-prefeito de Jundiaí (2013 – 2016).