O prefeito Luiz Fernando Machado recebeu na tarde desta segunda-feira (23) o cientista social Samuel Vidilli. No encontro, realizado no gabinete do 8º andar, o professor divulgou um documento que obteve em suas pesquisas que indica uma nova data para elevação de Jundiaí a vila: 14 de dezembro de 1656, e não 1655 como se vem até então indicado.
Através de uma pesquisa pelo site do Arquivo Nacional Torre do Tombo, Samuel encontrou uma cópia com valor do traslado do auto de criação da vila, datada de 1656, que encerraria as discussões acerca do assunto. Segundo o pesquisador, o documento indica também a existência de uma movimentação popular pelo pleito, já que cerca de 80 famílias do então povoamento do sertão de “Mato Grosso de Jundiahy” promoveram um abaixo-assinado e o levaram à Capitania de São Vicente, autoridade colonial sob a qual esta região estava ligada administrativamente.
Quanto às mudanças que a divulgação traz, Vidilli aponta. “Trago a público um fato, não uma interpretação, para que todos possam discutir. A data anterior, de 1655, era baseada em coisas que haviam ouvido falar, em pesquisas com leituras erradas ou baseadas em outras fontes. Esta divulgação, que não é uma descoberta mas sim apenas uma publicização, não muda apenas um ano da nossa História, mas gera debate e contribui para a discussão de quem, como eu, se encanta com ela”.
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Luiz Fernando prometeu dar andamento aos procedimentos legais. “A beleza de Jundiaí está na paixão do nosso povo. Por isso, agradeço o registro do professor e vou acionar as Unidades de Gestão da Casa Civil (UGCC) e de Negócios Jurídicos e Cidadania (UGNJC), a fim de dar andamento à tramitação legal e administrativa e entrar em contato com as autoridades portuguesas competentes. Este, entretanto, é também um momento de estabelecer com a sociedade e com o Legislativo uma discussão ampla, criteriosa e que não deixem dúvidas”.
Também participaram do encontro o gestor da Unidade de Gestão de Cultura (UGC), Marcelo Peroni; os diretores do Departamento de Museus, Paulo Vicentini; e de Departamento de Patrimônio Histórico, William Paixão. (Da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí)
