Rodolfo Rudy Gragnani tinha seis anos quando Elvis Presley morreu. O dia: 16 de agosto de 1977. As emissoras de televisão e rádio pararam suas programações para avisar que o corpo do rei do rock fora encontrado no banheiro de sua mansão Graceland, em Memphis. A morte foi causada por um colapso fulminante associado a problemas no coração. Elvis influenciou profundamente o garotinho que se tornou cantor e cujo estilo é uma homenagem ao ídolo. Rudy tem hoje 45 anos e recusa o título de imitador. “Ele é único. Tenho uma enorme admiração pelo Elvis Presley. Ele me fez amar a música e me tornar cantor. Nos meus shows, quando interpreto Elvis, procuro transmitir o sentimento verdadeiro que aprendi com ele”, explica.
O dia da morte foi marcante para Rudy. A irmã dele, na época com 11 anos, chorava toda vez que as notícias eram atualizadas. Era uma época diferente. Não havia internet. As informações demoravam a chegar. Os filmes de Elvis costumeiramente passavam na TV. A comoção foi mundial (veja vídeo do Jornal Nacional, na Rede Globo, exibido naquele dia, abaixo).
Rudy lembra que Elvis foi eleito o maior artista do século passado e o vazio que deixou é imenso e sentido até hoje. “Gosto de tudo que ele fez. Elvis é puro carisma”, diz. O primeiro disco de Elvis que Rudy comprou foi o da trilha sonora do filme “Seresteiro de Acapulco”. A música que ele mais gosta é ‘Suspicious Minds’.
A paixão pelo rei do rock é tanta que Rudy já visitou Graceland e ficou impressionado com os carros, roupas, prêmios e os aviões. “Elvis sempre inovou. Tanto é verdade que até hoje fazem novos arranjos para as músicas e ele volta a ser campeão de vendas. ‘Little Less Conversation’ foi tema de uma propaganda e voltou a ser sucesso”, lembra.
O cantor de Jundiaí afirma que Elvis Presley foi, é e sempre será o rei do rock. Quanto às teorias de que ele estaria vivo, Rudy diz: “fisicamente todos partem. Elvis viverá eternamente em suas músicas”.
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‘Meu pai musical’ – Outro artista da cidade que empresta o estilo de Presley é Júlio César Martinho, o Júlio Elvis. Ele nasceu no dia 17 de agosto de 1979, exatamente dois anos e um dia após o falecimento do cantor americano. A lembrança mais antiga de Júlio tem a ver com os LPs do pai dele. “Eu tinha uns oito anos, vi o disco do Elvis e pedi para o meu pai tocá-lo. Fiquei doido com a música, com o jeito que ele cantava. Fiquei dançando na sala”, comenta.
Ainda na infância, Júlio percebeu que os telejornais davam especial atenção a Elvis quando a data de falecimento se aproximava. “Todos falavam dele, shows eram reprisados. Percebi que ele era uma pessoa boa e muito querida”. Assim como Rudy, Júlio também decidiu ser artista por causa de Elvis Presley. Com pouco mais de 12 anos montou uma banda. “Sempre digo que não sou um imitador. Faço um tributo ao rei por amor e respeito”, explica.
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Fazendo 20 shows por mês, Júlio Elvis pretende conhecer a mansão de Elvis em breve. Ele diz que já gastou ‘um pouquinho’ para ficar parecido com o ídolo. Tem dois trajes da fase dos anos 70 e uma réplica da roupa usada pelo cantor em um especial para televisão que foi ao ar em 1968.
Para Júlio, a música não foi abalada com a morte do ídolo. “Ele continua vendendo muito. Suas canções continuam sendo gravadas. Bandas fazem cover dele. Elvis nunca será esquecido. Nunca morrerá. Ele é meu pai musical, meu amigo”, conclui.
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