Wilson Witzel, jundiaiense que foi juiz federal e hoje é governador do Rio de Janeiro, acumula desgastes cada vez que as polícias Civil e Militar, sob seu comando, matam de forma injustificada e batem novos recordes de ‘auto de resistência”, ou mortes tidas como em confrontos. Esta análise é um trecho da matéria “Witzel usa operação contra sequestrador para justificar ações indiscriminadas em favelas”, assinada por Felipe Betim, no site do jornal espanhol El País.
O texto foi publicado nesta quarta-feira(21), um dia depois do sequestro de um ônibus em plena ponte Rio-Niterói. William Augusto da Silva mantinha como reféns 39 passageiros desde às 5h25 da manhã. Cerca de quatro horas mais tarde, um atirador de elite o matou. A ação foi elogiada por especialistas. A atitude de Wilson Witzel não. O governador foi filmado comemorando assim que deixou o helicóptero(abaixo) no local do sequestro. O jundiaiense respondeu que não estava comemorando a morte do sequestrador e sim a vida das vítimas.
O texto do El País prossegue: “O governador se dirigiu até a cena do sequestro para resgatar um capital político perdido com as mortes dos seis jovens na semana passada. Ele foi reforçar sua imagem de garoto de propaganda e ventrículo de operações policiais e tentar reduzir o dano de suas falas anteriores, que não estão pegando bem”, analisa a antropóloga e cientista política Jaqueline Muniz, especialista em segurança pública da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Ainda de acordo com o jornal espanhol, “o Instituto de Segurança Pública, autarquia do Governo, registrou 881 mortes cometidas por agentes do Estado entre janeiro e junho deste ano, 29% do total de letalidades violentas. Essa taxa é maior na capital fluminense, onde 38% de todas as mortes violentas foram causadas por ação policial, conforme destaca a Rede de Observatórios da Segurança em seu último relatório. Nos dados não constam as mortes cometidas por milicianos ou policiais matadores que agem nas sombras”.
Discurso para as vítimas – O governador do Rio de Janeiro parece não se incomodar com as críticas. O discurso dele é para as vítimas. Não só as que estavam no ônibus e que ele fez questão de conversar após o desfecho do sequestro(vídeo abaixo).
Witzel tem um discurso focado para quem está na mira do crime organizado que domina o Rio há décadas. “O momento de maior emoção do dia de hoje(terça-feira, 20) foi quando prestei minha solidariedade às vítimas do sequestro que durou quase quatro horas na Ponte Rio-Niterói. Agradeço a Deus por temos salvado a vida dessa pessoas. Trabalhamos, dia e noite, para que a lei e a ordem derrotem o crime, e as pessoas possam viver suas vidas em paz. Eu me solidarizo com as vítimas do ônibus sequestrado na ponte Rio-Niterói e parabenizo a PM e demais órgãos envolvidos na ação de hoje. O Bope seguiu protocolos internacionais, tomando providências necessárias para o caso. Meu papel como governador é dar condições de trabalho e autonomia às polícias. Lamentamos a morte ocorrida, mas cumprimos a missão de salvar 37 vidas. Temos muito trabalho para combater a violência e proteger a população, mas tenho certeza que estamos no caminho certo”, disse ele pelas redes sociais.
Pancadas e presidência – O fato é que a política de tolerância zero de Witzel não é bem digerida por alguns fluminenses. O combate da violência pela violência vem recebendo críticas de especialistas desde que o governador, assim que foi eleito, afirmou que utilizaria atiradores de elite para atirar “na cabecinha” de bandidos armados. Enquanto leva pancadas por conta de sua política de segurança pública, Witzel sonha com Brasília. Ele já deu entrevista informando que a disputa pela Presidência da República será inevitável em sua carreira política. Quando isto ocorrera, ele não adiantou.
VEJA VÍDEOS
DORMIR DE CONCHINHA É AFRODISÍACO, DIZ GINECOLOGISTA LUCIANE WOOD
CORRETOR CAMPOS SALLES DÁ DICA PARA QUEM QUER SAIR DO ALUGUEL
PRECISANDO DE BOLSA DE ESTUDOS? O JUNDIAÍ AGORA VAI AJUDAR VOCÊ. É SÓ CLICAR AQUI
ACESSE O FACEBOOK DO JUNDIAÍ AGORA: NOTÍCIAS, DIVERSÃO E PROMOÇÕES