BOCA LIVRE: Ex-presidente e diretor da Correias Mercúrio serão ouvidos

BOCA LIVRE

No dia 23 de abril de 2020, às 14 horas, ocorrerá audiência de instrução e julgamento de Ronaldo Chiesi e Antônio Locatelli. O primeiro foi diretor-presidente das Correias Mercúrio, em Jundiaí. O segundo, em 2007, era diretor administrativo-financeiro da mesma empresa. Eles são réus na Operação Boca Livre, do Ministério Público Federal(MPF), que apurou desvio de recursos públicos por empresas patrocinadoras de projetos culturais beneficiadas pela Lei Rouanet. O Jundiaí Agora procurou o advogado Marco Aurélio Germano de Lemos, que defende Chiesi, e foi informado que ninguém pode se manifestar neste momento já que o processo corre em segredo de Justiça. Os dois deverão ser ouvidos por carta precatória já que o ação está na 3ª Vara Criminal de São Paulo.

O MPF, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) descobriram que recursos deduzidos dos impostos de grandes empresas que se diziam “patrocinadoras” foram aplicados fraudulentamente pelo grupo Bellini Cultural em eventos corporativos privados próprios e das patrocinadoras. Em outubro de 2016, a Controladoria Geral divulgou que a Operação Boca Livre tinha sido deflagrada com 28 mandados de busca e apreensão em empresas de diversas cidades, incluindo Jundiaí e Várzea Paulista.

Em dezembro de 2018, o Ministério Público Federal divulgou que tinha denunciado diretores das seguintes empresas e instituições patrocinadoras: Atacadão, Banco Pine, Cipatex, Dow, Elekeiroz, Akzo Nobel, Banco Concórdia, Banco Fibra, Biolab, Bradesco, Esporte Clube Pinheiros, BRF, Cisa Trading, Correias Mercúrio, Foroni, Fosfértil, Furukawa, Givaudan, Magna, Prysmian, Rassini, Termomecânica, Têxtil Canatiba, Ingram, Yokogawa, Wabco, Volvo e Volkswagen.

Segundo texto publicado no site JusBrasil, as empresas patrocinadoras usufruíam de meios fraudulentos criados pelo Grupo Belini para enganar o Ministério da Cultura “uma vez que somente aportavam recursos em projetos culturais após confirmação formal de que parte destes seria revertido em benefício próprio na forma de eventos corporativas e produtos institucionais, sem prejuízo da isenção fiscal e fatura de dedução do Imposto de Renda”.

No caso da Correias Mercúrio, a empresa financiou dois projetos do Grupo Belini Cultural. O primeiro no valor de pouco mais de R$ 108 mil, intitulado “Caminhos da Arte”, que tinha como objetivo mostrar obras de artes de São Paulo às crianças da rede pública de ensino. O outro projeto, de R% 155 mil, o “Sabor Brasileiro”, seria a produção de um livro e DVD sobre a gastronomia, mostrando ainda folclore, artesanato, lendas e poesias.

“No entanto, os recursos foram utilizados para a realização de show do cantor Toquinho e banda, para 100 convidados das Correias Mercúrio, em Minas Gerais, no dia 12 de abril de 2007. O contrato de prestação de serviços firmado entre a Bellini Cultural e a empresa Correias Mercúrio, datado de 30 de janeiro de 2007, relaciona serviços de fotografias, vallet, produção de brindes prestados no show.

O MPF prossegue: “os documentos indicam a percepção de contrapartidas ilícitas por parte da empresa patrocinadora, consistentes na produção de eventos corporativos, com recursos públicos federais destinados a fomentar a cultura. Demonstram, ainda, a participação do Grupo Bellini na obtenção dos respectivos recursos públicos federais por meio da proposta e aprovação dos projetos culturais junto ao Ministério da Cultura. A empresa Correias Mercúrio tinha plena ciência do uso dos recursos provenientes da Lei Rouanet para a realização de evento privado em seu benefício exclusivo, com promoção de sua marca e posterior utilização da isenção fiscal”.

No dia 8 de dezembro de 2015, Ronaldo Chiesi não era mais diretor-presidente da Correias Mercúrio. Ele deu uma palestra aos integrantes do Núcleo de Jovens Empreendedores do Ciesp Jundiaí e foi tratado como ‘consultor’(foto). Na ocasião, Chiesi falou sobre a importância do planejamento para as empresas “Planejar é preciso. Planejar é fundamental. É impossível ser bem sucedido sem planejamento, sem traçar estratégias de como enfrentar as variáveis controláveis e principalmente as incontroláveis”, disse.

Chiesi prosseguiu: “Não estou aqui para ensinar nada para vocês. Estou aqui apenas para alertar que é possível ir do céu ao inferno, ao longo de sua trajetória. Eu vivi isso: não me preparei para a crise, não soube enfrentar a variável incontrolável que apareceu no meu caminho”, contou. Não fica claro no texto publicado no site do Ciesp se o consultor estava se referindo à Operação Boca Livre.

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