MISTURANDO ASSUNTOS: Redes sociais, notícias, livros…

Em meio a tantos pesares, em especial pela pandemia, leio notícias, vou misturando assuntos, livros e textos que me agradam muito.

Soube através do Facebook da Maria Vitória Pereira Mendes, paulistana comprometida com valores de acréscimo, sobre o projeto “Biblioteca Humana”, surgido na Dinamarca e que se espalhou por mais de 50 países. O “leitor” pode pegar emprestada uma pessoa em vez de um livro para ouvir a história de sua vida por 30 minutos. Cada pessoa tem um título: “desempregado”, “refugiado”, “bipolar” e assim por diante. De acordo com a postagem, ao ouvir a história dela, você percebe o quanto não deve “julgar um livro pela capa”, ou seja, uma forma concreta de combater o preconceito. A iniciativa é da organização “The Human Library”. 

De acordo com o site humanlibrary.org, a experiência foi iniciada em 2000 pela ONG Stop the Violence, sediada em Copenhague. A primeira delas abriu suas portas na capital dinamarquesa dentro do Roskilde Festival, um dos maiores festivais de verão da Europa, capitaneada pelo jornalista Ronni Abelger, com o objetivo de reduzir a discriminação existente entre os jovens, questionando preconceitos e estereótipos. Uma busca de tolerância e compreensão para pessoas de outras raças, culturas e religiões. Segundo informações, no Brasil, na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), com suporte de psicologia e biblioteconomia, existe o trabalho. Fiquei encantada com esse projeto. “A Biblioteca Humana se propõe a aproximar a comunidade de pessoas que trazem consigo histórias que, certamente, serão repensadas e respeitadas depois de lidas”, segundo a professora Jaila Borges da UFAM.

Continuo misturando os assuntos: o genial escritor moçambicano Mia Couto escreveu: “Muitos pais oferecem brinquedos aos filhos. E pensam que isso é suficiente. A nenhuma criança basta ter brinquedos. Ela quer, sim, converter o universo numa coisa de brincar. Ela pretende dos pais uma relação de cumplicidade com esse delírio criativo sem limites nem fronteira. A criança não quer apenas uma brincadeira. Ela quer uma brincriação. É isso que meu neto Gabriel me pede: que eu seja, sem medo nem reserva, tão menino quanto ele”.Amei o termo brincriação. É preciso que a criança crie o seu mundo do “faz-de-conta” a partir dos brinquedos e que o adulto de seu entorno se faça personagem com ele. É uma maneira de colocar vidas em bonecas, carrinhos, bichinhos de pelúcia…

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Meu amigo, que é das virtudes e de olhar atento aos acontecimentos, José Renato Nalini, me mandou uma notícia que me emocionou: “A EMAE instalou próxima à Estação de São Paulo, nas margens do Rio Pinheiros, uma escultura em ferro em homenagem à capivara, cujo habitat natural sempre foi nas margens dos córregos e rios do Planalto Paulista. Pois bem, qual não foi a surpresa ao flagrarem à noite três filhotes de capivara se abrigando abaixo da escultura, sob a ‘proteção materna’. E voltaram várias noites”. Talvez pelo morno das luzes. Ouvir, acrescentar imaginação e aconchego fazem a diferença.

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE

Com formação em Letras, professora, escreve crônicas, há 40 anos, em diversos meios de comunicação de Jundiaí e, também, em Portugal. Atua junto a populações em situação de risco.

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