A VIDA não para!

a vida não para

A guerra no Oriente Médio reduziu a intensidade de noticiário sobre a tão comentada delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordem do ex-presidente Jair Bonsonaro. Mas como diz a canção “a vida não para!” e, mesmo que em segundo plano, as ações continuam caminhando, a delação continua mostrando que os fatos relatados pelo militar realmente devem ser analisadas com carinho, porque estão “batendo” com muito do que já foi divulgado.

No último dia 11, quarta-feira passada, sites de notícias informaram que na delação de Mauro Cid à Polícia Federal, consta que Bolsonaro teria pedido para alterar parte da estrutura de um texto dado ao então presidente por Filipe Martins, ex-assessor da Presidência. O decreto teria várias páginas mostrando interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo, informações também divulgadas pelo jornal O Globo.

Cid teria informado que Bolsonaro manteve no decreto a convocação de novas eleições e o pedido de prisão de Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A informação do pedido de prisão já foi mais do que noticiado, quando se divulgou a tentativa de gravar a fala de Moraes pelo ex-indultado Daniel Silveira e que envolvia ainda o senador Marcos Duval. O hacker Walter Delgatti, também estaria envolvido nesta história. Tudo isso já foi divulgado pela imprensa, tudo isso já foi negado por Jair e a cada dia parece que o “possível” é verdadeiro. De fato, a vida não para…

Ainda segundo Cid, Jair teria lido a nova versão do decreto, aprovado a mesma e convocado os comandantes das Forças Armadas para discutir as ações antidemocráticas. A reunião não teve unanimidade das Forças Armadas, porque apenas o comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, apoiou a ideia de Jair.

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Enfraquecido em sua decisão golpista, o ex-presidente deixou o Planalto antes de concluir seu mandato, viajou para os Estados Unidos com avião presidencial, gastando nosso dinheiro, não passou a faixa presidencial, jamais aceitou a derrota nas urnas, até porque até hoje, praticamente um ano depois do segundo turno, não reconheceu a derrota. O enfraquecimento, a fuga e a afirmação de que “jogava dentro das quatro linhas da Constituição” acabou com os terroristas invadindo os Palácios dos Três Poderes em Brasília. Muita gente continua presa, muitos já foram julgados e condenados, outros deixaram o presídio, mas são obrigados a usar tornozeleira eletrônica. E como a vida não para, logo mais muitas coisas vão acontecer neste Brasil. Só esperar!(Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)

NELSON MANZATTO

É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.

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