A família do ex-prefeito Pedro Bigardi adora cachorros. Mel e Chico são os amores da casa. Tinha também a Lilica. Mas ela morreu há dois anos. Chico (foto principal) tem nome de gente: Francisco Leite Geraldo Bigardi. Também é chamado de Chiquinho. “Para os íntimos é um cara gente boa”, conta o ex-prefeito.
O cãozinho é gordo e tem pernas curtas. Aliás, já vive quebrando-as. “Por onde passa chama a atenção. Branco com manchas pretas e olhos fortes exibe um charme que é difícil de resistir. Gosta de festas. No carnaval vestimos chapéu colorido nele. Nos eventos sociais, gravatinha. No Natal, adivinha quem é o papai Noel da casa?”, brinca Pedro.
Chico apareceu na casa num domingo de carnaval em 2007. “Olhei pela janela e o vi na chuva. A família inteira logo o chamou para dentro. Ele veio mancando mas depois percebemos que ele estava fazendo charme. A Margarete acha que ele é um anjo que veio conviver conosco. Ela tem razão. E a gente agradece a Deus por tê-lo enviado”, conta.
Mel (acima) tem 14 anos e foi abandonada na rua assim que nasceu. Lilica tinha 15 anos e partiu em 2015. Também foi encontrada na rua. As duas não podiam ficar juntas pois brigavam feio. A casa e os costumes foram então adaptados para que ficassem separadas.
“Um dia a Mel fugiu. Procura, procura e nada. Passaram-se cinco dias até que minha filha deu a sugestão: e se levássemos a Lilica (foto abaixo) para a rua procurar a Mel?”. Apesar da idade avançada ela saiu cheirando e parecia que sabia a razão da caminhada”, lembra o ex-prefeito.
Mais de um quilômetro depois Mel parou num matagal e logo apareceram testemunhas que tinham visto ali uma cadelinha. “De repente, Mel apareceu como um foguete, magra, desesperada, mas feliz pelo reencontro. Naquele dia não teve briga, só alegria, e uma nobre atitude da Lilica. Eles nos ensinam muita coisa”, conclui Bigardi.
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