Observando ANIMAIS NATIVOS nas cidades

animais

Quando se fala em proteção do meio ambiente, devemos zelar pelo desenvolvimento sustentável, que significa utilizar os recursos naturais, mas com cuidados, visando também sua proteção e equilíbrio. A maioria das pessoas vive nos centros urbanos, mas é possível e necessário ter áreas com árvores, matas e rios preservados. Também ter animais nativos nas cidades demonstra que é possível o equilíbrio entre o desenvolvimento e a preservação ambiental.

Recentemente observei a cena na foto acima, envolvendo um casal de tucanos, de beleza extraordinária, na região do Engordadouro, em Jundiaí. Primeiro eles me chamaram a atenção, porque estavam emitindo sons próprios de tucanos, como se conversassem. Como insistiam em ficar no mesmo lugar, peguei o celular e fiz alguns registros. Observei a cena por alguns minutos. Imaginei o diálogo do casal…

– Minha querida, digo que é possível a harmonia entre as construções dos humanos e a vida dos animais silvestres.

No que a sua parceira perguntaria:

– Como assim?  Eles tiram as matas, prejudicam o meio ambiente! Como isso pode ser bom para nós?

A resposta do tucano parecia ser:

– Bom não é, realmente suas obras prejudicam a todos os animais e plantas. Entretanto, eles nos deixaram locais com plantas frutíferas para nos alimentar e podemos continuar frequentando esses locais e admirar sua beleza.

Depois disso sua parceira, com um pouco de humor ácido, parecia dizer:

– Você está muito otimista hoje, o que eu admiro, mas primeiro tire essa libélula de seu bico… parece até outra coisa … e está estragando a beleza que as pessoas tanto admiram em nós tucanos.

Isso mesmo, onde parecia haver somente dois lindos tucanos, havia uma libélula no bico de um deles.

Deixando de lado esse diálogo e podendo sugerir que a imaginação do leitor crie outras conversas envolvendo o conflito entre o crescimento e a preservação ambiental, temos visto cada vez mais animais silvestres próximos das áreas urbanas: pássaros diversos, répteis, mamíferos, como tatus, coelhos, saguis, macacos bugios, capivaras e muitos outros. A lista é bem grande. Até a temida onça tem sido avistada de tempos em tempos.

Sinais de desequilíbrio ou harmonia entre as áreas verdes urbanas e a preservação de muitas espécies?

OUTROS ARTIGOS DE CLAUDEMIR BATTAGLINI

OS 40 ANOS DE TOMBAMENTO DA SERRA DO JAPI

CHUVAS CAUSAM MORTES E ESTRAGOS. DE NOVO

DIA MUNDIAL DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

As duas respostas são possíveis, mas buscar o equilíbrio é essencial. Muito ainda podemos fazer para preservar não somente a Serra do Japi e outros grandes remanescentes de vegetação nativa, mas também manter os corredores de flora que permitem a circulação e proteção da fauna, entre outras atitudes possíveis.

Respeitemos a vida em todas suas formas, pois, conforme nos lembra Leonardo Boff: “Tudo o que existe e vive precisa ser cuidado para continuar a existir e a viver: uma planta, um animal, uma criança, um idoso, o planeta Terra. Uma antiga fábula diz que a essência do ser humano reside no cuidado. O cuidado é mais fundamental do que a razão e a vontade. A ótica do cuidado funda uma nova ética, compreensível a todos e capaz de inspirar valores e atitudes fundamentais para a fase planetária da humanidade.

CLAUDEMIR BATTAGLINI

Promotor de Justiça aposentado, Especialista em Direito Ambiental, Professor Universitário, Consultor Ambiental e Advogado. E-mail: battaglini.c7@gmail.com

VEJA TAMBÉM

PUBLICIDADE LEGAL É NO JUNDIAÍ AGORA

ACESSE O FACEBOOK DO JUNDIAÍ AGORA: NOTÍCIAS, DIVERSÃO E PROMOÇÕES