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A majestade, o AUTOMÓVEL

automóvel

Era final do século XIX e o mundo nunca mais foi o mesmo. Nesta época foi criado o primeiro automóvel com as características que conhecemos atualmente. O pai da máquina foi o alemão Karl Benz e a nossa vida passou a depender deste verdadeiro tirano motorizado. Queria ver a reação de “mister” Benz hoje em dia, ao descobrir o que alguns motoristas estão fazendo com sua invenção, nas ruas de nossa cidade, em pleno horário de pico. Transformaram o automóvel, criado para trazer conforto e agilidade, em verdadeiro tanque de guerra. Não respeitam pedestres e nem os outros motoristas, acham que o trânsito não é um ambiente coletivo, mas apenas o quintal de suas casas. Fazem o que querem e ponto final.

Posso falar com larga experiência do trânsito de Jundiaí, pois enfrento diariamente o horário de rush. Sair de casa em torno das 17 horas é pedir para se estressar. Nem uma boa dose de Rivotril consegue segurar a irritação, a contrariedade, a perplexidade e a vontade de esganar alguns pescoços. Para mim ainda é um mistério o motivo que leva um motorista cortar sua frente de forma perigosa e acintosa só para te ultrapassar e ganhar alguns segundos e logo ter de parar no próximo semáforo. A imprudência e a empáfia de alguns condutores são responsáveis por milhares de mortes diariamente nas ruas e estradas brasileiras. As estatísticas mostram números que superam, e muito, as baixas de civis e soldados em algumas guerras.

Confesso que nunca gostei de dirigir. Faço isso por pura obrigação e necessidade. Demorei muito para tirar carta, porque andar no trânsito sempre me causou uma pontada de pavor. Por isso, admiro quem gosta de dirigir. Tive de fazer muitas aulas práticas para conseguir minha habilitação. Mas naquela época, tirar carta era bem diferente de hoje em dia. Lembro que, dado meu total desconhecimento sobre marcha, ignição, embreagem e freio, todos na família já davam como certo que eu não iria passar no primeiro e temido exame de CNH . Mas eu passei! Foi a glória. Entretanto, só comecei a dirigir efetivamente anos depois, tal o meu receio. Foi um desafio muito grande na minha vida e consegui superar. Mas não é uma atividade que me dê prazer. Tendo alguém que possa dirigir por mim, eu agradeço.

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Em minha opinião, essa loucura viária é consequência de uma cultura já bem arraigada por aqui, de levar vantagem em tudo, inclusive no trânsito. Dar passagem para outro motorista? Isso é para os fracos. Respeitar a faixa de segurança e permitir a travessia de pedestre? Nem pensar! Quem está a pé que espere a sua vez, já que a prioridade é para a sua majestade, o automóvel. E assim o nosso trânsito continua a ser uma loucura. Será que não está na hora de abrirmos espaço para novos modais mais sustentáveis e menos poluentes? Até lá isso acontecer,o automóvel e o condutor afoito continuam a dominar e infernizar nossas ruas nos horários de pico.(Ilustração: Pateta no Trânsito/Disney-1950)

VÂNIA ROSÃO

Formada em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Trabalhou em jornal diário, revista, rádio e agora aventura-se na Internet.

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