A vida de quem ama e cuida de animais é assim. Um dia uns se vão e no outro dia outros chegam. E com a gente não foi diferente. Depois das perdas de Neguinha, Boneca e Coragem, já imaginávamos que mais peludos poderiam cruzam nosso caminho. Minha esposa, a Néia, como amante de animais, ajudava numa feirinha de adoção que acontecia aos sábados na Coopercica. Eu, Jamilson, sabia que mais cedo ou mais tarde outros cães seriam adotados…
Num dia, voltando de lá, me chamou, abriu a porta do carro e lá estava um serzinho branco, com umas manchas amarelas, já crescido. “Ah, meu Deus!”, exclamei. Aí ela contou a história. Um sujeito chegou ao mercado numa bicicleta arrastando o coitado. Pediu para deixá-lo ali enquanto fazia compras. E desapareceu. O coração falou mais alto e adotamos mais um filho. Era o Billy. Se bem que eu costumo chamá-lo de Taz, uma alusão àquele diabo da Tasmânia do desenho, que rodopiava feito louco. O bichinho parece ligado nos 220 às 24 horas do dia.
Não passou muito tempo e a Néia foi, num sábado pela manhã, ao Assaí. E é como eu costumo dizer: parece que a gente tem um carimbo na testa: “adotador de animais abandonados”. O segurança a chama e mostra um senhorzinho todo encolhido, com medo, que acabara de ser abandonado ali. Pequeno, com um problema numa pata dianteira, quase sem dentes, já velhinho, não tinha como deixá-lo ali para morrer. Era preciso lhe dar dignidade no tempo de vida que lhe resta. Era o Tonico (ao lado), que passava a integrar a família. Ainda falta contar a história de mais dois dos nossos filhos caninos. Depois contarei dos gatos. Mas por hoje paramos por aqui.
Mantemos hoje em casa 21 animais. São nove cachorros e 12 gatos tirados das ruas. Sempre cuidamos com ração, banho, veterinário, enfim, com tudo que fosse necessário para mantê-los saudáveis. No entanto, há pouco mais de um ano, perdi o emprego. Hoje, em casa, ninguém trabalha. Nem eu, nem minha esposa, nem minha filha. Consigo realizar alguns trabalhos esporádicos e recebo ajuda da família. Mas não tem sido suficiente para cuidar dos nossos filhos de pelos e patas. Alguns estão com problemas de saúde e já começa a faltar ração também. Por isso, sem nenhum tipo de vergonha ou constrangimento, venho pedir a ajuda das pessoas, em nome deles.
Quem puder ajudar, e quiser, pode entrar em contato inbox no meu face – Jamilson Roberto Tonoli; pelo email jamilsontonoli@gmail.com; ou pelo zap (11) 9.9910.0058