No final da década de 80 e começo da seguinte eram realizados eventos que levavam mais gente ao estádio Jayme Cintra, o campo do Paulista, do que os jogos do próprio time: os bingos do Galo.

As arquibancadas ficavam lotadas de pessoas não só de Jundiaí. Trens traziam multidões, assim com ônibus fretados. Todo mundo querendo ganhar um dos cinco prêmios. Hoje, o Jundiaí Agora conta a história dos bingos do Galo, que deixavam alguns poucos felizes, 99,9% frustrados e os moradores do jardim Pacaembu irritados com carros e coletivos parados na frente das garagens. Sem contar os porcalhões que jogavam restos de comida nas calçadas e até mesmo nos quintais das casas.

Para o Paulista, no entanto, foi um excelente negócio. Com o dinheiro, o time construiu os alojamentos para os atletas, a cozinha, salas da presidência, secretaria e salão social, além contratar jogadores famosos como o goleiro Solito(ex-Corinthians; Gérson(ex-atacante do Santos), entre outros. As fotos a seguir foram tiradas no dia 11 de março de 1988.

Apreensão em Jayme Cintra: Todo mundo torcendo para ser sorteado

O radialista Adilson Freddo cobria o Paulista nesta época(foto ao lado). Chegou a ‘cantar’ bingos em cidades de todo o país. Mas nunca no campo do Paulista. Ele se lembra muito bem dos eventos que aconteciam em Jayme Cintra. “Os bingos do Galo foram ideia do Pedro de Barro, então diretor do clube. Ele havia estado eu Dourados, no Mato Grosso do Sul, e viu um bingo de campo com sorteio de carros e trouxe o conceito para o time de Jundiaí. Isto ocorreu em 1987. A empresa do Dimas Caselato foi contratada para promover os sorteios. O Galo pagava os carros às concessionárias depois da realização dos bingos que foram a principal fonte de arrecadação do clube. Os jogos em Jayme Cintra não tinham tanto público”, lembra Freddo

As numeradas nunca viram tamanho público

Os dirigentes, na época, diziam que os eventos contavam com mais gente de fora da cidade do que moradores de Jundiaí. “Estas pessoas vinham de trem, a linha que passa por Morato, Caieiras, Franco da Rocha, Campo Limpo e Várzea. Saltavam na vila Arens e vinham a pé até o jardim Pacaembu. A multidão fazia filas enormes pelas ruas, a caminho do estádio que mais pareciam uma romaria. Normalmente, os bingos – que tinham de repassar parte da renda para entidades assistenciais – tinham cinco rodadas com cinco veículos como prêmios”, conta Freddo.

No meio do campo, um caminhão e várias caixas de som: o bingo vai começar!

“Quando Nélson de Salvi deixou a presidência em 1989, os bingos do Galo continuaram com os presidentes Sérgio de Melo Tavares, Álvaro Costa e Pepe Verdugo”, explica ele.

A estrutura por outro ângulo

O fim – Segundo Adilson Freddo, o Governo Lula, em 2002, acabou com os bingos eletrônicos por conta da lavagem de dinheiro. Os que ocorriam em estádios de futebol nem existiam mais. “Os eventos em campos não foram proibidos neste pacote. Na verdade, os bingos deste tipo estavam sofrendo a concorrência dos bingos eletrônicos e sorteios de televisão. Começaram a dar prejuízo no final da década de 90 uma vez que o público tinha de ficar em arquibancadas de cimento, sob o sol. Quando chovia, os bingos eram cancelados. Foram perdendo público, dando prejuízo até que pararam de ser realizados”, relembra o radialista.

Quem será que ganhou o Gol zero no sorteio do dia 11 de março de 1988???

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Da esquerda para a direita: Dimas Caselato(com microfone); Nélson de Salvi(presidente do Galo na época); o então prefeito Walmor Barbosa Martins; o vice, professor Pedro Fávaro e Marinho Sachi(diretor social do Paulista e posterior diretor da Federação Paulista de Futebol)

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