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Delgatti e Cid querem dividir ações com Bolsonaro

Semana foi cheia de depoimentos e declarações sobre ações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro feitas pelo hacker Walter Delgatti, e pelo advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt. O primeiro falou durante horas em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. Questionado por deputados e senadores, principalmente ao grupo de governistas, o hacker responsabilizou suas ações por determinação de Jair Bolsonaro. Apesar de não ter apresentado provas, a CPMI pode pedir acareação entre ele e o homem que dizia não ser coveiro.

Além do ex-presidente, a deputada Carla Zambelli também foi várias vezes citada. Ela que, por coincidência estava hospitalizada, mas não por problema de consciência, mas sim por uma diverticulite. Delgatti, que já foi chamado de Delgado, diz que recebeu dinheiro de Zambelli por invadir o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para emitir um mandado falso emitido pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinando sua própria prisão. Delgatti afirma que recebeu ordens do homem do “pintou um clima” para invadir as urnas eletrônicas, mas não conseguiu. Delgatti teve um encontro com o ex-presidente no Palácio do Alvorada por mais de uma hora e, em seguida esteve no Ministério da Defesa. Apesar de o encontro não constar da agenda oficial do Messias “que não faz milagres”, o senador, Flávio Bolsonaro confirmou o encontro. O advogado de Delgatti diz que tem provas sobre o depoimento de seu cliente, mas que é difícil comprovar os diálogos.

Para complicar ainda mais a situação do “chega de mimimi”, o advogado do militar Mauro Cid, que está preso desde maio, declarou que tudo o que seu cliente fez foi cumprindo ordens (a função de Mauro Cid era exatamente esta: ajudante de ordens do ex-presidente). Interessante é que Cid foi preso por fraudar atestado de vacina do ex-presidente para este entrar nos Estados Unidos, mas agora a suspeita que cai sobre ele é do envolvimento em venda de joias para arrecadar “fundos” para JB. Neste caso de se arrecadar fundos, importante lembrar da campanha feita para que o ex-presidente pagasse as multas por não usar de máscaras em visitas a estados e municípios no auge da pandemia. As multas que JB tem de pagar superam R$ 1 milhão e ele conseguiu arrecadar mais de R$ 17 milhões na “vaquinha” via pix. Bolsonaro pagou na quinta-feira o que devia ao Governo do Estado de São Paulo, ao mesmo tempo em que o governador Tarcísio de Freitas declarou que preparava decreto par perdoar dívidas neste sentido.

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Sobre as declarações do hacker, o homem que disse que “depois de uma facada não é uma gripezinha que vai me derrubar” garante que Delgatti está delirando e que vai entrar com queixa crime contra ele. Sobre o advogado de Cid, o “imorrível e imbrochável” afirma que seu ex-ajudante de ordem fará qualquer coisa para sair da cadeia e que não solicitou a venda de joias. Cid é suspeito de vender um relógio Rolex, ganho por Jair, e recomprado pelo advogado da família Bolsonaro, Frederick Walssef, para ser devolvido à União. Ainda na semana passada, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou a queda do sigilo bancário de Jair e Michelle Bolsonaro. Claro que nada vai ser encontrado nada de errado por ali. Até porque, para a família que comprou mais de 50 imóveis, boa parte com dinheiro vivo, nada com venda de joias vai aparecer no extrato bancário. Mas (e sempre tem um mas…) o homem do “só Deus me tira daqui” tem uma conta bancária aberta nos Estados Unidos.

Durante seu governo, ele declarou que “a minha vida aqui é uma desgraça, é problema o tempo todo, não tenho paz para absolutamente nada.” Agora, fora dali, parece que a coisa ficou pior pra ele…(Foto: redes sociais Jair Bolsonaro)

NELSON MANZATTO

É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.

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