Candidato precisa OUVIR a população!

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Terminou domingo o primeiro turno das eleições de 2024 e algumas observações precisam ser feitas, principalmente em Jundiaí, que terá segundo turno no dia 27 de outubro. José Antônio Parimoschi e Gustavo Martinelli estarão nas urnas eletrônicas novamente. Imagina-se que, ainda esta semana, o Tribunal Superior Eleitoral(TSE) julgará o caso de Martinelli, cuja votação está sub judice, por conta de ação impetrada pela coligação do atual prefeito, alegando improbidade administrativa, quando era presidente da Câmara. Martinelli recorreu ao TSE que deverá dar seu parecer. Vale lembrar que o problema teria ocorrido antes das eleições de 2020, quando Martinelli, hoje candidato a prefeito, era presidente da Câmara e não teve sua candidatura impugnada. Agora, havia interesse na impugnação.

Dentro desta linha de raciocínio, o que chama a atenção foi a rapidez do julgamento no TRE paulista que durou apenas 15 minutos e toda a chapa foi impugnada. Caso apenas Martinelli fosse impugnado, Ricardo Benassi poderia participar. Mas o caso ainda vai ser discutido. Vale lembrar, ainda, que o Tribunal de Contas(TCE) admitiu que errou na sua documentação e que Martinelli não tem problemas ali. Se o problema era ali, Martinelli recupera sua candidatura e disputa o segundo turno.

Mas, afinal, o que a eleição de domingo mostrou aos políticos locais? Mostrou que população quer ser ouvida: as redes sociais cansaram de mostrar candidatos dizendo: “vou fazer isso, vou fazer aquilo” e são ouvidos, para o horário gratuito apoiadores que dizem “ele é bom e tem meu voto”. Mas (e sempre tem um mas…) a realidade é outra, segundo os números divulgados pelo TSE.

Então, o que de fato ocorreu nesta eleição? Simples de se observar: dos mais de 300 mil eleitores que Jundiaí tem, 91.486 não foram às urnas, 10.934 votaram em branco e 17.264 anularam o voto. Números absurdos, principalmente os que ignoraram a eleição. Isso mostra o desinteresse dos eleitores, com relação aos candidatos que não convenceram com suas propostas ou simplesmente, porque todos estes não acreditam em promessas. Principalmente porque a maioria delas não sai do papel.

Fica a lição: ou o candidato bate nas portas das casas e pergunta as necessidades deles ou a abstenção pode até ser maior. Principalmente para o eleitor que não viu seu candidato chegar ao segundo turno.

Pode-se dizer que foram poucos os votos, mas os pouco mais de 10 mil votos do candidato Higor Codarin(PSOL) farão a diferença. A história mostra que Jundiaí é uma cidade de direita, basta ver a votação de vereadores quando somente dois da chamada esquerda se elegeram entre os 19. E, aí, fica a pergunta: os candidatos ao segundo turno vão buscar votos entre os eleitores de Codarin? Os candidatos vão buscar o apoio dele no dia 27? Isso, só o tempo dirá. Mas o eleitor mostrou que não gostou do que viu entre os candidatos. A abstenção poderia eleger um dos candidatos no primeiro turno. Mas a gente terá de voltar às urnas dia 27…

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No mais, o eleitor viu quem buscou dar reajuste aos seus próprios vencimentos e os vereadores Douglas Medeiros (PSDB), que já chegou a ser um dos mais votados, Cícero da Saúde (PL), Val Freitas (PL), Marcelo Gastaldo (PTB), Roberto Conde(Republicanos) e Márcio Cabeleireiro (PP) que talvez pensassem ter cadeira cativa na Câmara de Jundiaí, não se reelegeram.

Já em São Paulo, a eleição foi surpreendente: a diferença de votos entre o primeiro e o terceiro colocado, não chegou a 100 mil votos. Apesar de Tabata já ter declarado apoio a Boulos, resta saber o que Pablo Marçal fará no segundo turno. Afinal, não vai ter cadeirada e muito menos laudo falso, tentando incriminar Boulos. O alerta para o eleitor é: cuidado com as fake news que assolam nosso país, infelizmente.(Foto: Andrea Piacquadio/Pexels)

NELSON MANZATTO

É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.

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