Ferramenta mostra onde comprar orgânicos no CIRCUITO das Frutas

Foi expandido para o Circuito das Frutas, na região de Jundiaí, o mapa interativo dos pontos de comercialização de produtos orgânicos criado pela Embrapa Territorial e a Rede de Agroecologia do Leste Paulista. O MapOrgânico divulga feiras, locais de venda direta e restaurantes, para facilitar o acesso dos consumidores aos produtos, reduzindo o número de intermediários. Está fundamentado no conceito dos circuitos curtos, que considera, no máximo, um intermediário entre produtor e consumidor.

Anteriormente, a ferramenta continha apenas estabelecimentos em Campinas. Agora, já há pontos de comercialização nas cidades do entorno, especialmente no chamado Circuito das Frutas, e a previsão é de crescimento. Os próprios responsáveis pelos estabelecimentos podem fazer o cadastramento, inserindo tipo de certificação de orgânicos, localização geográfica, produtos, contato, horários de funcionamento, entre outras informações. Os dados e a certificação são conferidos pela equipe da Embrapa antes de serem divulgados para o consumidor.

A iniciativa faz parte do projeto “Geotecnologias para incrementar a competitividade e sustentabilidade da Agricultura Familiar no Circuito das Frutas do Estado de São Paulo”, liderado pelo pesquisador Ivan André Alvarez, da Embrapa Territorial. Está inserida no trabalho da Rede de Agroecologia do Leste Paulista e conta também com a participação da Associação de Agricultura Natural de Campinas e Região e do NEA Rede de Agroecologia da Universidade  de Campinas (Unicamp).  “A divulgação de pontos de comercialização do orgânicos era uma demanda da Rede de Agroecologia do Leste Paulista”, recorda Alvarez.

Membro da rede, a professora Giovanna Garcia Fagundes, da Unicamp) conta que um diagnóstico realizado entre 2014 e 2015 mostrou a necessidade do mapeamento e divulgação dos locais com circuitos curtos de comercialização de orgânicos na região. “O MapOrgânico é justamente essa ferramenta de aproximação entre produtores e consumidores”, resume.

Fagundes avalia que os circuitos curtos proporcionam maior rendimento para quem vende e economia para quem compra. Ao mesmo tempo, estabelece vínculos entre esses dois elos e favorece a troca de conhecimento. “Os consumidores geralmente têm acesso a produtos com um preço mais justo, mais frescos e voltam a se conectar com conhecimentos sobre processos envolvidos na produção, como a sazonalidade, por exemplo.”

A professora destaca, ainda, que a comercialização em circuitos curtos dá visibilidade à produção orgânica local e “tem sido uma importante estratégia para garantir a permanência dos agricultores na atividade”. A expectativa dela é que a expansão do MapOrgânico para o Circuito das Frutas mostre aos consumidores e ao poder público que a “a produção orgânica na região é expressiva e que pode ser potencializada”.

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