Esta necessidade de tanto clareamento da raça negra é a inveja original. Desde Adão feito a imagem e semelhança de Deus, imagem branca, quando o universo inteiro sabe que o primeiro ser humano foi africano. Mesmo porque o tal clareamento sugerido só descora. É totalmente artificial e em contexto histórico, antiético, antiestético e antiético. Em hipótese alguma poderá ser considerado harmonização facial.
O que faz negar a incapacidade gritante da necessidade (quase explícita) de provar que são os mais capacitados. Inconformismo diante da verdade de ter que admitir que existem pessoas com conhecimentos que superam (ou se igualam) aos demonstrados pela tal supremacia branca.
Não é ter medo, é receio de conhecer o que vai fazer e respeitar o mecanismo das coisas. A afirmação mais certa é “inveja branca”, ela é sempre desculpada ou desconsiderada, porque segundo o que eles dizem, não há intenção de maldade???
Não é só no Brasil, no mundo inteiro disfarçadamente como na maioria das coisas, são manipuladores quando querem levar vantagens. E já que falamos das Escrituras Sagradas, no novo Testamento o “daí a César o que é de César…” é totalmente deixado de lado, esquecido, não faz sentido nem falta, totalmente descartado, enquanto que o “venha a nós o vosso reino”…é privilegiado!!!
Existe uma tentativa contínua e duradoura de apagar o protagonismo negro mas manifestações culturais e artísticas. Dos senhores que determinam e canalizam o dinheiro, as cifras e a movimentação monetária. Nos tempos de golpes e ciladas, tudo é permitido pelos senhores das negociatas. Uai ou Why? Eis a questão, os seres se dizem “somos todos iguais”, sem contrato e sem certidão de concessão de direitos. Falsa dignidade humana do povo, concluo eu.
Qual a ideia ou a necessidade de querer ser protagonista em tudo? Qual a vantagem que se leva além de só satisfazer as vaidades? Quanto tempo dura essa oportunidade? Traz benefícios duradouros ou só no momento da fase de sucesso? Vale a pena tanta ostentação, para depois ficar se escondendo e se desculpando no período do fracasso? Segundo Hermeto Paschoal, “cada um recebe a felicidade que merece”. Será?
Lutamos por um protagonismo em prol de uma causa justa. Mas, com tranquilidade para lidar com os fatos. Muhammad Ali falou: “eu fui tão bem no boxe que eles tiveram de criar um personagem como Rocky, um branco dos filmes, para contrariar a minha imagem no ringue. A América precisa ter tudo em branco, não importa onde for. Jesus, Mulher Maravilha, Tarzan e Rocky”. É o tal clareamento…
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As pessoas brigam porque sempre um quer dominar o outro. Faz parte da natureza humana. Todos querem ter razão, mas no final pedem desculpas e se dizem emocionados com lágrimas de crocodilo no olhar cabisbaixo.
Jogo limpo acima de tudo. Quando a verdade aparece, o mundo gira mais rápido. Democracia é liberdade, como disse Moisés da Rocha. Sonhamos e acreditamos em reverter esta situação e investirmos mais nas comunidades globais. A fórmula é bem simples. Haveremos de encontrar um fim melhor para essa história.
Eles assistirão nosso triunfo!
As sementes serão melhor acolhidas quando a terra ficar boa para se plantar em noite enluarada.(Foto: Nappy/Pexels)
LUIZ ALBERTO CARLOS
Natural de Jundiaí, é poeta e escritor. Contribui literariamente aos jornais e revistas locais. Possui livros publicados e é participante habitual das antologias poéticas da cidade.
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