Jogos da COPA

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Inicialmente vamos deixar muito claro que torci pela nossa seleção nos jogos da Copa do Mundo e, como a imensa maioria dos brasileiros, fique extremamente decepcionado com nossa eliminação precoce. Não cabe aqui analisar os resultados, erros e acertos ou o que quer que tenha acontecido, mas o efeito destes jogos no quotidiano de todos nós.

Independente de nossa paixão ou interesses transformar os dias em que a seleção jogava em feriados me parece um grande descompasso. A programação dos jogos, as 12 e as 16 horas, permitiam interromper as atividades sem comprometer toda a jornada. Que as pessoas possam assistir aos jogos da seleção é razoável, tirar o dia de folga não. Quanto a nossa combalida economia se ressentiu desses dias parados? Quase tudo fechado sem nenhum faturamento, justo neste mês no qual se pagam os salários em dobro. Há até quem diga que os comerciantes comemoraram a eliminação.

De todo modo o fim do sonho do “hexa” nos trouxe de volta à realidade e a uma acentuada queda nos índices de audiência. Os patrocinadores com os cabelos em pé ao constatar que os milhões investidos nas propagandas, que as mídias continuam a exibir para um público cada vez menor, não produziriam mais seus efeitos em grande escala. Que os astros contratados a peso de ouro não teriam mais mesma visibilidade com a perda do protagonismo. Enfim a constatação de que toda a expectativa por levantar uma copa não ocorreria desta vez e as inevitáveis consequências disto.

Se para nós a tristeza é grande e a frustração nos incomoda para os diretamente envolvidos, jogadores, técnicos, auxiliares e dirigentes é “vida que segue”. Ninguém terá no salário o desconto dos dias não trabalhados. E, assim, caminhamos para a próxima Copa que será reformulada com aumento do número de participantes, eventos em diversos países e muito mais jogos. Novos narradores e comentaristas, alguns bons, outros nem tanto, que nos trarão, alguns aos berros, a tentativa de contar aquilo que estamos vendo como se estivessem no rádio impregnando de emoção suas narrativas.

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Escrevo antes da final desta Copa, embora este artigo venha a ser publicado depois dela, mas registro aqui que mais uma vez ficou demonstrado o poder do futebol como catalisador de emoções. Por um tempo considerável deixamos de lado todos os nossos problemas para nos concentrar no chaveamento, na fase de grupos, em quem joga ou não joga, em quem está machucado, as escalações, as zebras e os prognósticos. Agora a vida volta ao seu curso e nós seguimos nossos destinos.

Ainda bem que é Natal e podemos desejar a todos os que nos acompanharam neste difícil 2022 muita saúde e alegrias.(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

FERNANDO LEME DO PRADO

É educador

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