Deus ajuda quem cedo madruga

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Eu convivi com ditado ‘Deus ajuda quem cedo madruga’ por muitos e muitos anos. Primeiro na época de estudante e, depois, quando entrei no mercado de trabalho. Nos anos 80 e 90 levantar cedo para estudar ou trabalhar fazia parte da rotina de qualquer jovem ou adulto. Quando dava o horário, e o despertador (sim, despertador!) tocava de forma estridente, fizesse frio ou chuva, tínhamos de sair debaixo das cobertas quentinhas para encarar a labuta. Home office é para os fracos.

A minha vida inteira eu tive de levantar cedinho, mas cedinho mesmo. Ia pra escola no período da manhã e não tinha perua ou van escolar. Isso por que a escola ficava perto de casa. Além do som perverso do despertador, eu ainda tinha a ajuda da minha mãe na hora de acordar. Sempre obediente, ela não precisava se esgoelar para me convencer a sair da cama, bastava dizer o meu nome e eu já me resignava e deixava os cobertores para trás. Mas a contra gosto, confesso.

Quando comecei trabalhar, aí a rotina piorou ainda mais. Ia para São Paulo, o que me obrigava a sair de casa pouco depois das 5 horas da manhã, para pegar um ônibus até a antiga rodoviária, que na época ficava na Praça da Bandeira (hoje é o Terminal Central) e de lá pegar o Cometa rumo a São Paulo. E ainda tomava outra condução para chegar ao trabalho. Um perrengue diário. Hoje olho para o passado e fico imaginando como conseguia manter essa rotina e ainda ter disposição para sair no final de semana.

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Muitas pessoas seguem esse roteiro pesado cotidianamente, encarando filas nos pontos, ônibus lotados, falta de lugar para sentar no metrô e nos trens, atrasos, passagens caras. Infelizmente, o Brasil está anos luz no atraso, quando se trata de transporte público. Uma pena. Mas hoje em dia surgiu um sopro de alívio para muitos trabalhadores com a criação do home office. Tem gente que acorda às 7h50, abre o computador às 7h55 e às 8 horas em ponto já está trabalhando. Muitos nem tiram o pijama ou saem das cobertas. Os tempos são outros, e isso me espanta às vezes.

Mesmo não tendo mais a rotina corrida de outrora, tendo em vista que já estou aposentada, ainda continuo acreditando naquele velho ditado “Deus ajuda quem cedo madruga”, que na minha visão nada mais é do que uma versão mais popular de outra expressão “Carpe diem”, que traduzida do latim significa “aproveite o dia”. Levantando cedo, teremos mais tempo para realizarmos muito mais. Mesmo que isso signifique dar adeus à cama quentinha…(Foto: SHVETS Production/Pexels)

VÂNIA ROSÃO

Formada em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Trabalhou em jornal diário, revista, rádio e agora aventura-se na Internet.

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