DIFERENTE. Porém, igual…

diferente

Sinto-me honrado com o convite do Jundiaí Agora, para escrever sobre deficiência e inclusão. Meu nome é José. Zé. José Augusto de Oliveira. Sou psicólogo e psicanalista, funcionário público, casado, cego, filho, amigo, irmão. E como todo portador de deficiência, sou diferente. Todos são. Porém, sou igual a você.

Não sou militante. Não sou ligado a movimentos de luta pelos direitos das pessoas com deficiência, embora admire o esforço e o envolvimento de seus membros. A sociedade civil organizada é necessária e mais poderosa do que se acredita.

Dedico minha vida ao meu trabalho e a minha família. Os estudos ocupam espaço considerável no meu tempo. Ops! O lazer tem vez. A busca do prazer é coisa séria. O momento de ser feliz é agora. Sim! Temos que trabalhar, poupar, investir, mas não se pode esquecer porque fazemos isso. KKK.

Como de muitos, minha luta tem sido individual. Ao ocuparmos uma função na vida, seja profissional, familiar ou no plano afetivo, lutamos. E lutamos muito. Quanto esforço nos é necessário para suportar grandes pressões no trabalho? Quanto temos de fazer para manter nossas famílias, nossos casamentos, para educar filhos?

As pessoas com deficiência também estão inseridas nesse mesmo contexto de luta. Venho aqui para contar sobre minha luta. Falar sobre inclusão. Falar sobre diferenças e igualdade.

Somos todos diferentes. Estamos cansados de ouvir que cada um no planeta é um. Somos semelhantes. Encontramos nos outros muitas características presentes em nós. Não as veremos numa só pessoa.

Temos os mesmos sentimentos e emoções: raiva, medo, inveja, amor. Não lidamos com isso da mesma forma. Todos pensamos e agimos de formas diferentes.

Eu e as outras pessoas com deficiência temos muitas vezes formas particulares de resolvermos problemas do cotidiano. Adaptamo-nos a um mundo que nem sempre está preparado para nós. Mesmo assim vivemos nele. Temos que lutar pela felicidade. As vezes fazemos algumas coisas de forma diferente de você. Não somos diferentes de você. Se eu não tiver dinheiro suficiente no fim do mês pagarei os mesmos juros absurdos que você. Terei outra forma de ver as notas.  Desejo as mesmas viagens. A forma de aproveitá-las, de viver a experiência provavelmente difira um pouco.

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Nesse tempo que vamos passar juntos, espero poder mostrar as nossas diferenças e nossas igualdades. Creio que ficará claro que somos mais parecidos que diferentes. Somos humanos. Essa condição abrange todos os grupos e todos os guetos.

Uma das maiores riquezas que construímos durante nossa história na Terra são as diferenças. Elas que nos levam a pensar, a mudar de atitudes. Elas que despertam nossos desejos. Na verdade, a diferença é o que nos permite sermos nós mesmos. É pela diferença que eu sou eu e você é você. Seres únicos, singulares.(Foto: www.tre-pr.jus.br)

JOSÉ AUGUSTO DE OLIVEIRA

Formado em Psicologia na Universidade São Francisco (USF) e Psicanálise pelo IPCAMP(Instituto de Psicanálise de Campinas). Atua no AMI (Ambulatório de Moléstias Infecciosas da Prefeitura de Jundiaí) e em consultório particular. WhattsApp: (11) 982190402.

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