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As novas DIFICULDADES DIGITAIS

dificuldades

Não, o título não está errado, pois tendemos a acreditar que o mundo digital está aí para nos trazer facilidades. Entretanto, como é característico de tudo o que não é didaticamente tratado, inúmeras dificuldades também decorrem da ampliação dos sistemas informatizados e da forma como são instituídos.

Vou apresentar alguns exemplos, mas antes disso convém esclarecer do que estamos falando e o que a didática tem com isso. Ser didático é ser capaz de se comunicar com absoluta eficiência de modo que as informações sejam entendidas de forma inequívoca colocando-se no lugar daquele que está sendo informado, além de considerar que muitas das informações que o informante dispõe não são de domínio de quem as está recebendo. Quando você está seguindo os passos de um manual, por exemplo, em determinados momentos quem o escreveu “pula” etapas óbvias para quem escreve, mas totalmente obscuras para quem as lê, inviabilizando o que quer que se esteja tentando fazer ou montar.

Quando tentamos seguir as informações de um site e encontramos coisas aparentemente simples como: baixe o aplicativo, não se está considerando que, eventualmente, não sabemos “baixar um aplicativo”. Esta é uma das dificuldades tecnológicas que atingem um número muito expressivo de pessoas. É uma deficiência de quem está orientando que, curiosamente, a transfere para o orientado, pois não consegue entender, a partir dos seus referenciais, que alguém não saiba “baixar um aplicativo”.

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Pois é. Há um contingente de pessoas devidamente escolarizadas, capazes de resolver complexas equações matemáticas, desenvolver projetos ou escrever artigos substancialmente coerentes e embasados, que tem dificuldade de conviver com os meios digitais, pois isto não faz, ou nunca fez, parte do seu cotidiano. Quem usa um caixa eletrônico frequentemente não consegue entender como um sistema aparentemente amigável não consegue ser operado por tantas pessoas em uma situação em que não se pode ir diretamente ao caixa do banco. Estas são algumas dificuldades digitais das quais estamos nos referindo. Assim, seria desejável que quem estabelece os princípios de migração dos mecanismos analógicos para os digitais fosse devidamente preparado para que, em suas instruções, não o fizesse a partir daquilo que tem pleno domínio, mas a partir dos referenciais, ou ausência deles, dos que vão seguir as instruções. Ou seja, que os fundamentos da didática estivessem presentes na elaboração dessas instruções.

Todas estas considerações se aplicam, de maneira generalizada e dependendo das circunstâncias, a todos aqueles que têm que se adaptar à progressiva substituição de pessoas por máquinas aparentemente em nome da modernização. O que será que vai ocorrer quando a Inteligência Artificial chegar?(Foto: www.kniginfo.net)

FERNANDO LEME DO PRADO

É educador

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