Ébano e Marfim vivem juntos em perfeita harmonia, lado a lado no meu piano. Por que o humano não consegue? Esta é uma visão de tradução livre dos versos de Paul McCartney, na canção que no ano de 1982 gravada com Stevie Wonder(foto). A música provocou questionamentos filosóficos. Levou um pouco mais de conhecimento aos desavisados para compreender os motivos de tanta discriminação.
Vale a explicação: no sentido figurado a palavra ‘ébano’ é usada para dar ênfase àquilo que possui a cor preta. No sentido concreto, ébano é uma árvore africana de madeira muito escura. O marfim é branco e vem das presas dos elefantes. Integração racial de maneira mais profunda.: notas pretas, notas brancas devem tocar juntas para “ocasionarem” harmonia. Dilemas sociais das mesmas circunstâncias. Não devemos utilizar o que o outro propõe. Vaidade. Para onde ir com tanta influência?
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Vamos nos focar, não sufocar. Se amar em primeiro, sem pensar nos segundos, sem se preocupar com a opinião de terceiros. Isso talvez sirva para o benefício de gerações futuras.
Um milhão de quilombolas no Brasil, existem e resistem, com memórias, tradições, histórias, pessoas, parentes, valorização, legados, ancestrais, cultura e dados oficiais. Muitas falas e muitas vozes. Governo progressista e pessoas de esquerda. Não tem como vencer, não importa o que façam.
A vida é curta, mas as emoções bem trabalhadas duram até a eternidade. Na diversidade da arte, a favela é o berço cultural do Brasil, suas proezas serão o alimento abundante em vales inférteis. Um olhar será o mecanismo de transformação das consciências. Meu plano de viagem é embarcar em novas experiências. Cada episódio um desafio. Liberdade nunca é definitiva. Momentos icônicos.
Quem vê o belo nas coisas simples, multiplica as alegrias e conduz a felicidade a sua verdadeira condição. Nosso teatro é muito pobre mas em arte é muito rico, não tem cenário luxuoso, mas tem muito conteúdo. Nossas falas não são rebuscadas, mas buscamos o teor correto do que tem que ser dito.
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Papo elitista não é mais tão necessário. As histórias de redenção dos personagens sim. Uma palavra, um gesto, um ato cotidiano. Uma denúncia com categoria, faz um bem pra alma essa conscientização. Desconfiar das coisas fáceis que se apresentam com tanta facilidade. Difícil é conviver com a imensidão da dúvida. Lance ancestral de corpo e alma. Alos gritados aos quatro ventos. Ecos sem ressonância. Testemunhos de grande consideração. Uma consciência mais clara. Coincidentemente o ébano e o marfim, assim como tudo na humanidade, tem origem na África. Genuinidade. Impossível querer impor uma ideia torta. Para querer forçar uma realidade falsa e negar as identidades da diversidade que se completa.
A única coisa que a supremacia branca não tem nenhum preconceito é com a oportunidade de ganhar uma grana preta!!!(Foto: reprodução/Youtube/Clipe: Nowhereman On The Hill)

LUIZ ALBERTO CARLOS
Natural de Jundiaí, é poeta e escritor. Contribui literariamente aos jornais e revistas locais. Possui livros publicados e é participante habitual das antologias poéticas da cidade.
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