Estamos caminhando de volta ao usual, depois do cenário atípico pandêmico. Bota atípico nisso. Nem nossos avós, ou avós dos nossos avós, vivenciaram tal circunstância. E como as coisas ficarão, analisando o horizonte econômico?
Historicamente, investigando registros, em episódios pós guerra como exemplo, tivemos certa atitude de irmãos uns com os outros, como pertencentes da mesma espécie, o que verdadeiramente somos. Porém, nos esquecemos disso em tempos de equilíbrio, como que anulamos essa parte. E a devastação provocada pela Covid-19, não diferente das guerras, produziu o mesmo efeito, inclusive o econômico. A angustia e necessidades básicas do coletivo nos uniu, se considerado o que grande parte das pessoas fizeram, ao longo Covid-19. E isso foi sob o mesmo objetivo de grupo: sobreviver – dar continuidade em nossa espécie. Porém, agora, com o vírus aparentemente sob controle, temos observado o contrário, assim, os resultados se desfecham em nós mesmos, em nós como comunidade.
Nosso país é rico, boa parte do mundo também, no sentido de abundância natural, de sustento, de insumos, etc. Ocorre que, dado o retrocesso de pandemia, que fomos pegos de surpresa, além de toda a devastação, nós também produzimos bem menos. Chegou a hora de melhorar o cenário econômico. Este é o anseio industrial. E nessa recuperação, a hiperprodução e concentração de dinheiro na parte bem menor da população, acaba gerando a oferta atual de bens materiais e produtos tão grande, que resulta em escassez de consumidores para tal. Como obter algo, se não houver condições financeiras, para a obtenção? Oferta é gigante, um cardápio variado, mas para quem? Cadê o público?
TROS ARTIGOS DE DIOGO RIZZI
O que é esperado num tempo próximo, filosoficamente falando, considerando as probabilidades na história, é a maioria percentual da população e massa trabalhadora ficando mais desanimada, considero que já está, só aumentará. Daí, os níveis de estresse também elevados, reduzindo mais a capacidade de produzir, ou produz como opção de sobreviver, só que com qualidade baixa, sem propósito, sem tesão. Mas aí, justamente, essa maior fatia da população é quem faz a roda girar, economicamente, lembrando das greves recentes de caminhoneiros, por exemplo. Estes camaradas têm o poder de parar nosso país. Assim, nosso sistema claramente se apresenta autolimitado, se dermos continuidade no modus operandi “do jeito que está”. Vale a pena refletirmos. Como lidar com a demanda atual? O que faremos uns pelos outros? E sobre aprendizados da vivência pandêmica? O que podemos extrair de bom e desenharmos melhor nosso futuro em grupo? Tenha um ótimo dia.(Foto: Instituto Claro)
DIOGO GOMES RIZZI
Administrador, filósofo, especialista em negociação. Experiente em gestão de negócios no Brasil, América Latina e Central, Europa e Ásia. Estudioso e apreciador da literatura.
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