EDUCAÇÃO não presencial

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A educação a distância (EAD), apesar de sua importância histórica, enfrenta atualmente um significativo desgaste conceitual e de reputação. Como educadores, precisamos reconhecer que a sigla “EAD” se tornou comprometida no imaginário educacional brasileiro, apesar do valor que iniciativas como o Instituto Universal Brasileiro tiveram em seu tempo. Este desgaste exige uma reflexão profunda sobre como podemos ressignificar a educação não presencial em nosso país.

Propomos, portanto, um movimento conjunto dos profissionais da educação para promover uma mudança paradigmática: a substituição do conceito de “educação a distância” pelo de “educação híbrida”. Esta proposta não representa apenas uma alteração terminológica, mas uma transformação conceitual que reconhece a multiplicidade de formas pelas quais o conhecimento é construído.

O problema fundamental que enfrentamos está na dicotomia artificial criada entre o ensino presencial e o ensino a distância. Muitos educadores, inclusive membros do Conselho Nacional de Educação, contrapõem a modalidade presencial à híbrida, como se fossem mutuamente excludentes. Esta visão reducionista prejudica o avanço de propostas pedagógicas inovadoras.

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A atual regulamentação da educação a distância apresenta-se excessivamente rígida, perpetuando o que podemos chamar de “fetiche da presencialidade” – a crença de que o aprendizado significativo só ocorre quando alunos e professores compartilham o mesmo espaço físico. Esta concepção ignora uma verdade fundamental: aprendemos de diversas maneiras e em diversos contextos com diferentes tecnologias e metodologias.

A educação híbrida representa muito mais que a mera combinação de atividades presenciais e remotas. Ela constitui uma abordagem integrada que reconhece e valoriza diferentes contextos e metodologias de aprendizagem. É importante estabelecer uma clara distinção conceitual entre o híbrido como justaposição de modalidades e o híbrido como integração transformadora de abordagens pedagógicas. A educação não presencial é fundamental para que nossos jovens e adultos deem seguimento aos seus projetos de vida.(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

FERNANDO LEME DO PRADO

É educador

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