Empoderamento de meninas se faz necessário em todos os lugares. Há predadores que as rodeiam para exercer poder sobre elas e usá-las, principalmente se perceberem que não possuem muita estrutura de defesa.“Projeto Meninas. Empoderar para transformar”.
Escrevo sobre o empoderamento de meninas e olhares com discernimento que chegam a locais mais distantes. As adolescentes são da Associação Socioeducacional Casa da Fonte, que possui como sua idealizadora e mantenedora principal a Companhia Saneamento de Jundiaí – CSJ. Os olhares que investem no bem são do Rotary Club Jundiaí – Leste, que tem como presidente Márcio Vilhena.
Iniciaram com o testemunho: “A menina da rua sem saída”, que hoje oferece caminhos para muita gente.
Em Jundiaí, idealizou a proposta do empoderamento de meninas a rotariana Simone Borsolari, chef de cozinha e com currículo que diz de dedicação. Foram diversos encontros, ao longo do ano, desde abril, com dinâmicas, testemunho, orientações sobre o primeiro emprego, empreendedorismo, culinária, automaquiagem, turismo, educação financeira… Destacaram a importância de não desistir dos sonhos, mantê-los e lutar por eles, mostrando que são capazes.
Aquelas que possuíam limites para enxergar receberam consulta grátis por oftalmologista da Clínica Tojar e óculos da Óptica Exclusiva.
Motivação foi a palavra chave em todos os dias do projeto. Investimento em autoestima positiva.
As participantes comentaram que se sentiram esclarecidas para posicionamentos em relação ao seu futuro, desde a preparação do currículo.
Cozinhar com atividades práticas e técnicas de como fazer bolos e brigadeiros, automaquiagem e conselhos lhes fizeram muito bem. Aguardam a Simone para um curso profissional de culinária no ano que vem.
Saber como usar o dinheiro despertou o interesse, como também a variedade dos temas.
O Projeto Empoderamento de Meninas foi criado pelo presidente do Rotary Internacional, o indiano Shekhar Mehta, para acontecer no mundo todo.
A equipe do Rotary chegava na Casa da Fonte com os olhos em festa e sorriso de doçura. Nossas meninas os aguardavam com ansiedade. Bem naquela linha do Pequeno Príncipe de Exupéry: “Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz”.
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DEPENDÊNCIA QUÍMICA E CONTÁGIO
O projeto aconteceu em novos conhecimentos e na empatia com gente diferente, que sonha para eles um tempo de realizações e de distância de acontecimentos funestos.
A Casa da Fonte se sentiu privilegiada em receber a implantação do projeto, que deverá se realizar em outras instituições e/ou escolas.
Burilar e acrescentar ao pensamento e ao coração aquilo que dignifica o ser humano, gera uma juventude com ideais maiores.
Gratidão imensa!
MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE
Com formação em Letras, professora, escreve crônicas, há 40 anos, em diversos meios de comunicação de Jundiaí e, também, em Portugal. Atua junto a populações em situação de risco.
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