Engenheiro planeja rede para financiar alunos de escolas públicas

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A história do jundiaiense Rodrigo Lüdke, de 33 anos, morador em Detroit (Michigan), Estados Unidos, pode ser contada como a de um rapaz estudioso, dedicado e que, graças às oportunidades que teve, tem realizado seus objetivos e hoje mora com sua esposa fora do país. Certo?  Mas não é assim que o engenheiro mecânico valoriza o que alcançou: ele acredita que a sua formação feita grande parte no Colégio Divino Salvador, em Jundiaí, foi a mola propulsora disso tudo e, em retribuição às suas conquistas, resolveu proporcionar a mesma oportunidade que ele teve a uma estudante de escola pública. Hoje ele financia os estudos dessa aluna por acreditar que a melhor maneira de gratidão é essa: ver um jovem realizar seus sonhos por meio da Educação.

A atitude de Rodrigo, que trabalha com desenvolvimento de componentes para veículos exatamente no berço da indústria automotiva, pode, em breve, se transformar numa ‘rede do bem’. Tudo porque ele vem conversando com outros ex-alunos para ampliar o programa que ele mesmo começou.

“Na verdade, sempre acreditei que todos deveriam ter as mesmas oportunidades. Meus estudos foram no Colégio Divino Salvador, depois fui fazer Universidade Federal de Itajubá, fiz estágios na Alemanha, etc. Até que surgiu essa chance de emprego nos Estados Unidos”, contou.

O tempo passou, ele se estabeleceu no país e resolveu tornar seu sonho real. O engenheiro entrou em contato com a escola e pediu para que a unidade encontrasse um jovem para ele ajudar. Foi aí que o colégio começou uma busca de alunos em escolas estaduais que pudessem ser um dos contemplados.

“Falo com ela duas vezes por mês. Conversamos sobre a formação dela, de suas visões de futuro e de várias coisas que possam transformar seu sonho em realidade. Gosto de acompanhar tudo, mesmo de longe”, lembra o engenheiro.

Como foi o processo? – O coordenador do Ensino Médio, Rodrigo Lopes de Oliveira, explicou que entrou em contato com as escolas públicas de Jundiaí onde obteve a indicação de possíveis contemplados e promoveu um processo seletivo com várias fases. Uma garota foi contemplada e hoje ela já está no segundo ano do Ensino Médio.

Na visão do coordenador pedagógico do colégio, a iniciativa do engenheiro vem ao encontro com a formação humana proporcionada pela escola desde sua fundação. Por ser um colégio católico, a unidade tem por objetivo colocar a pessoa no centro da educação, num quadro de relações que compõem uma comunidade viva, interdependente, vinculada a um destino comum ,isso é “Educar para o Humanismo Solidário”.

“Temos como características o diálogo, a inclusão, a cooperação e sobretudo, a esperança. Pensar no outro é essencial. Nosso grande sonho é que iniciativas, como a do Lüdke, cresçam. Mudar a vida de uma pessoa para melhor, sempre. E um mundo realmente novo só será possível sob a condição de sermos responsáveis por ajudar a construir a mudança que esperamos e de ousar em construir neste mundo, um bom lugar para se viver. É isso que ele vem fazendo!”, elogia o coordenador.(Texto: Hanaí Costa)

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