Era Mobile: Os serviços na palma da mão

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Nos dias atuais o celular está constantemente em nossas mãos, bolsos ou mesas. É um dos principais dispositivos para ver horas, muito usado como despertador e o principal meio de acesso à internet. Através dele muitos ouvem música, estudam, solicitam transporte privado ou consultam horários do transporte público, pedem comida, trocam mensagens, likes e comentários em fotos. Vivemos a Era Mobile.

Os Apps de GPS substituíram os mapas impressos, as redes sociais motivadas em sua criação pelo lazer hoje já são ferramentas de trabalho de muita gente, o isolamento social criado pela pandemia fortaleceu os aplicativos de relacionamento e principalmente os e-commerces, o Mercado Livre por exemplo, registrou um crescimento de 94% e se firmou como a maior plataforma de comércio da América Latina.

Na Era Mobile, mais de 50% das transações financeiras são realizadas via celular segundo a Federação Brasileira dos Bancos, e se há alguns anos existia a possibilidade das agências bancárias se tornarem somente postos de consultoria financeira, hoje canais de inteligência artificial, um tema já falado aqui, executam este papel. Outro aumento significativo ocorreu em plataformas de delivery, o iFood atingiu a marca de mais de 5 mil parceiros entre restaurantes, mercados, pets e farmácias, e hoje com 160 mil entregadores é responsável por mais de 60 milhões de pedidos por mês.

É um pouco difícil até se lembrar de como foi possível um dia “sobreviver” sem essas comodidades e mais difícil ainda encontrar quem nunca tenha usado ao menos uma delas.

Segundo dados da Pew Research Center, consultoria especializada no comportamento e mercado digital, o Brasil ocupa hoje o segundo lugar no ranking de países que têm maior crescimento no mercado mobile, perdendo apenas para a Indonésia. O brasileiro, na Era Mobile, passa em média 3 a 4 horas por dia no smartphone consumindo aplicativos, isso seria o equivalente a 60 dias de uso contínuo no ano, que se subtrairmos o tempo em que estamos dormindo seria em torno de 1/4 do nosso ano na frente das telinhas.

Não foram só estes serviços com fins comerciais que caíram no gosto dos usuários, governos entenderam que o canal pode ser uma aproximação do poder público para com o cidadão, reduzir atendimentos presenciais e ser um grande aliado na pandemia.

Desenvolvido em 2017, o Aplicativo de Serviços Municipais de Jundiaí é um grande exemplo de como a cidade se inseriu na Era Mobile. Iniciou com 35 serviços e hoje conta com 136 na palma da mão dos moradores, um aumento de quase 400% em menos de cinco anos. Os dados são ainda mais surpreendentes sobre a prestação de serviços digitais motivado pela pandemia, os 60 mil downloads se tornaram mais de 141 mil, um aumento de mais de 80 mil dispositivos em menos de dois anos. Entre os 136 serviços do aplicativo da cidade, o munícipe pode solicitar tapa buraco, poda de árvore, agendar consultas, exames e vacinas, verificar se o cardápio da merenda é de gosto do seu filho matriculado na rede municipal, consultar os animais disponíveis para adoção, horários de salas de velórios, efetuar pagamento de tributos, consumir toda e qualquer informação referente ao município, entre outros.

Por trás desta evolução está Amauri Marquezi(foto), presidente da Companhia de Informática de Jundiaí, a Cijun, empresa pública de soluções de TIC para governos e desenvolvedora do aplicativo. “Atingimos a marca de 6 milhões de acessos às funcionalidades dos 136 serviços. O APP Jundiaí como ferramenta aplicada à Gestão Municipal deve promover o aumento da produtividade operacional, administrativa e sua utilização deve ser maximizada para facilitar a comunicação, interação e integração com a comunidade. O sistema de gestão conduzido pelo Poder Público Municipal, tem como objetivo estabelecer uma relação entre governo e população, construída com base na democracia participativa e na cidadania, garantindo transparência e prestação de bons serviços. Com base nessas premissas, buscamos desde o início o desenvolvimento de uma plataforma única que disponibilizasse uma variada gama de serviços. Esta abordagem é tão diferencial que somente agora vemos Governos nas diversas esferas implantando este tipo de canal. Para que a oferta de serviços fosse ampliada foi necessário não só a aplicação de tecnologias, mas a revisão, racionalização e digitalização de processos de forma intensiva. Neste sentido continuaremos avançando para ampliar o número de serviços.”

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Com recursos mais acessíveis e tendências de aumento de consumo de serviços digitais de maneira exponencial nos próximos anos, hoje com quase 500 milhões de dispositivos e média de dois aparelhos por habitante em território nacional (segundo pesquisa da FGV), certamente empresas e governos deverão voltar mais atenções e se preparar cada vez mais com investimentos em evoluções tecnológicas para suprir essa crescente e exigente demanda.

RENAN CAZZOLATTO

Formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, especialista em Gerenciamento de Projetos e Gerenciamento de Serviços de TI. Atua em soluções de tecnologia e governança para o setor público e leciona em cursos de nível técnico.

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